segunda-feira, 21 de abril de 2014

Foca nos Estudos!



Boa sorte a todos. Esperamos que este conteúdo tenha ajudado a vocês a, de alguma forma, superar as dificuldades encontradas até aqui na disciplina de Imunologia Básica. "O retorno virá de acordo com o tempo, a intenção e o mérito de cada um. Certamente, virá". (Tova Sender)



NÃO PARE DE ACREDITAR.

Auto-Imunidade e Tolerância

Auto-Imunidade


O sistema imunológico não tem a capacidade de reconhecer o que é “próprio ou não próprio”.Tudo é não próprio.
Ele passa a não tolerar alguns fatores.

Como no trailer do filme”Tropa de Elite 2 O inimigo agora é outro” (2010), o Capitão Nascimento percebeu que algo de errado estava acontecendo, pois percebeu que seus verdadeiros inimigos estavam dentro da corporação da polícia. Isso fez com que ele não os reconheça mais como seus amigos, levando-o a mudar sua postura e a tomar medidas drásticas em prol de sua vida. Ele não mais reconhecia o sistema, e o sistema queria elimina-lo. 


Conceito


Auto-Imunidade é uma resposta imune específica contra uma série de antígenos próprios.

Digamos que em um jogo de futebol entre o time azul contra o time vermelho, os dois times buscavam objetivo do jogo, que é a vitória através do gol para suas equipes. Até aí tudo bem, mas no decorrer da partida algo inesperado acontece com o time azul: Há uma revolta geral na equipe devido a salários atrasados e os jogadores começaram a chutar contra seu próprio gol! Gols contra! Uma catástrofe geral. O time azul termina a partida derrotado por ele mesmo. Este vídeo ajudará na visualização do que teria acontecido nesse jogo.  Este é o princípio da doença Auto-Imune. Uma pane no organismo que origina uma resposta imunológica contra ele mesmo.



Doença Auto-Imune é uma síndrome provocada por lesão tecidual ou alteração funcional desencadeadas por uma resposta auto-imune (é para sempre, não muda e não acaba).

Os fatores são três:

  1. Genético
  2. Infeccioso
  3. Regulação das células B e T. (Para as pessoas que tem falha na regulação)

OBS: Uma doença imunológica pode trazer outra doença imunológica.

Causas da Auto-Imunidade


Não sabemos os mecanismos que originam as doenças auto-imunes, mas certamente envolvem uma falha da regulação das células T causada por fatores ambienteis e genéticos.

Fatores desencadeantes/Fatores ambientais


*Infecção;
*Hormônios;
*Fármacos (medicações que causam Neutropenia [Imunossupressores]);
*Radiação UV;
*Estresse psicológico;
*Dieta.

OBS: O uso de imunossupressores diminui o sistema imunológico.

Fatores Genéticos


Modifica a maneira em que o antígeno é apresentado para a célula T.

Nesse vídeo, vemos o exemplo do pai que tirou a barba e não foi reconhecido pela filha, causando uma certa rejeição. É o que basicamente ocorre com o nosso organismo. Há uma modificação da forma como o antígeno é apresentado para a Célula T, fazendo com que esta não o reconheça e o ataque. Sendo assim o desfecho final não será feliz como o do vídeo, porque uma vez ocorreu essa rejeição, então será pra sempre.



Fatores Hormonais



Mais frequentes em mulheres.


OBS: IMPORTANTE!!!

A resposta imunológica adaptativa a um antígeno estranho perdura até que o antígeno seja removido pelo organismo.
No caso das doenças Auto-Imunes, é impossível para os mecanismos efetores a remoção dos auto-antígenos de modo que a resposta é mantida.

OBS: As células B junto com os fagócitos apresentam para a célula T com um moderador químico diferente para que a célula T não perceba que é uma célula auto-imune do próprio organismo.


Assim como neste desenho português, vemos que algo semelhante aconteceu no julgamento de Jesus Cristo. Foram levantados várias acusações para que se pudessem justificar sua prisão e seu castigo, afim de enganar o povo. Jesus foi apresentado como um mal feitor e o povo não o reconheceu pelas suas obras, mas pelas acusações que foram atribuídas a ele. Daí em diante, sabemos o que aconteceu.

Doenças Auto-Imunológicas sistêmicas ou não. Órgãos específicos.


*L.E.S (geralmente inicia na face em forma de borboleta);
*As lesões e os auto-anticorpos não são confinados em órgão algum;
*Artrite reumatóide;
*Esclerose Múltipla.

Tratamento:


Corrigir as deficiências geradas no organismo é muito importante no tratamento das doenças auto-imunes. É o que fazemos ao tratar as tiroidites com suplementos de hormona tiroideia ou a diabetes tipo 1 com insulina. Nas doenças auto-imunes do sangue podem ser necessárias transfusões.

É igualmente importante reduzir a inflamação. Algumas doenças auto-imunes ligeiras podem ser tratadas com anti-inflamatórios não esteróides (AINE) para alívio de sintomas. Alguns AINE mais recentes, os coxibes (celecoxibe, etoricoxibe) inibem um enzima do organismo 
que provoca dor e inchaço e podem ser úteis em doenças mais graves.

Muitas vezes há que controlar a resposta imunológica excessiva. Os fármacos mais frequentemente usados são os corticosteróides. Algumas doenças podem ser tratadas com imunossupressores, fármacos que atuam sobre o sistema imune. Estes fármacos devem ser utilizados com precaução porque podem ter efeitos secundários, incluindo maior susceptibilidade a infecções, hipertensão arterial, cataratas, alterações do sono e osteoporose. Pode ser difícil controlar a doença e preservar 
a capacidade do organismo para resistir à doença.

As imunoglobulinas endovenosas (IVIG) são utilizadas no tratamento de várias doenças auto-imunes para reduzir a circulação de imunocomplexos, que são proteínas produzidas nestas doenças e que 
podem lesar alguns órgãos vitais como o rim ou o cérebro.

Alguns fármacos, chamados modificadores da doença, são utilizados em primeira linha na Artrite Reumatóide porque alteram a evolução da doença, além de aliviarem os sintomas, sendo o mais utilizado o metotrexato. Há uma nova classe de fármacos, chamados biológicos, que são baseados em componentes extraídos de células vivas e têm como alvo as células do sistema imunitário envolvidas nas doenças autoimunes. Os medicamentos biológicos são produzidos por biotecnologia em laboratórios especializados e têm demonstrado efeitos muito 
benéficos em alguns doentes com algumas destas doenças.



TOLERÂNCIA



INTRODUÇÃO
Tolerância se refere à não reatividade imunológica específica a um antígeno resultando de uma exposição prévia ao mesmo antígeno. Enquanto a forma mais importante de tolerância é não reatividade a antígenos próprios, é possível induzir tolerância a antígenos não próprios. Quando um antígeno induz tolerância é chamado tolerógeno.


TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS PRÓPRIOS
Nós normalmente não montamos uma resposta imune forte contra nossos antígenos próprios, um fenômeno chamado auto-tolerância. Quando o sistema imune reconhece um antígeno próprio e monta uma resposta forte contra ele, desenvolve-se uma doença autoimune. Entretanto, o sistema imune tem que reconhecer um MHC próprio para montar uma resposta contra um antígeno estranho. Assim, o sistema imune é constantemente desafiado para discriminar o próprio versus não próprio e mediar a resposta correta.


INDUÇÃO DA TOLERÂNCIA AO NÃO PRÓPRIO
Tolerância pode também ser induzida para antígenos não próprios (estranhos) pela modificação do antígeno, pela injeção do antígeno através de rotas específicas tais como via oral, pela administração do antígeno quando o sistema imune está em desenvolvimento, etc. Certas bactérias e virus descobriram maneiras estratégias de induzir tolerância de modo que o hospedeiro não mata esses micróbios. Ex. Pacientes com lepra lepromatosa não montam uma resposta imune contra Mycobacterium leprae.


TOLERÂNCIA A TECIDOS E CÉLULAS
Tolerância a antígenos tissulares e celulares pode ser induzida pela injeção de células hematopoiéticas (tronco) em animais recém-nascidos ou severamente imunocomprometidos (por irradiação letal ou tratamento químico). Também, enxêrto de medula óssea alogeneica ou do timo no início da vida leva à tolerância das células e tecidos do tipo das do doador. Tais animais são conhecidos como quimeras. Essas descobertas são de significante aplicação prática em enxêrto de medula óssea.

TOLERÂNCIA A ANTÍGENOS SOLÚVEIS
Um estado de tolerância a uma variedade de antígenos T-dependentes e T-independentes tem sido conseguido em vários modêlos experimentais. Baseado nessas observações é claro que uma variedade de fatôres determinam se um antígeno irá estimular uma resposta imune ou tolerância (Tabela 1).


Tabela 1
Fatôres que determinam a indução da resposta imune ou tolerância após a estimulação com antígeno
fatôres que afetam a resposta a Ag
favorece resposta imune
favorece tolerância
forma física do antígeno
moléculas complexas, grandes, agregadas
moléculas menos complexas, solúveis, sem agregados, relativamente menores, Ag não processado pelas APC ou processado pela célula sem MHC classe II
rota de administração do Ag
sub-cutânea ou intramuscular
oral ou às vezes intravenosa
dose do antígeno
dose optima
dose muito elevada (ou às vezes muito baixa)
idade do animal que responde
mais velho e imunologicamente maduro
Recém-nascido (camundongo), imunologicamente imaturo
estado de diferenciação das células
células completamente diferenciadas; células T e B de memória
relativamente indiferenciadas: células B com somente IgM (não IgD) células T (ex. células no córtex tímico)

ASPECTOS IMUNOLÓGICOS DA TOLERÂNCIA
Tolerância é diferente da imunossupressão não específica e imunodeficiência. É um processo ativo antígeno-dependente em resposta ao antígeno. Assim como a resposta imune, a tolerância é específica e assim como a memória imunológica, ela pode existir em células T, células B ou em ambas e assim como na memória imunológica, tolerância ao nível de célula T é mais duradoura do que a tolerância ao nível de célula B.
A indução de tolerância em células T é mais fácil e requer relativamente quantidades menores do tolerógeno do que a tolerância em células B. A manutenção da tolerância imunológica requer persistência do antígeno. Tolerância pode ser quebrada naturalmente (como nas doenças autoimunes) ou artificialmente (como mostrado em animais experimentais, pela radiação X, certos tratamentos químicos e pela exposição a antígenos de reação cruzada).
Tolerância deve ser induzida dirigida a todos os epitopos ou para apenas alguns epitopos de um antígeno e tolerância para um antígeno isolado deve existir ao nível de célula B ou de célula T ou ao nível de ambas.

MECANISMOS DA INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA
O mecanismo exato de indução e manutenção da tolerância não é completamente compreendido. Datos experimentais, entretanto, apontam para algumas possibilidades.


Deleção clonal
Linfócitos T e B durante o desenvolvimento encontram antígenos próprios e tais células realizam deleção clonal através de um processo conhecido como apoptose ou morte celular programada. Por exemplo, células T que se desenvolvem no timo inicialmente não expressam nem CD4 nem CD8. Tais células posteriormente adquirem ambos CD4 e CD8 e se chamam células duplo-positivas e expressam baixos níveis de αβ TCR. Tais células realizam seleção positiva após interagirem com moléculas de MHC classe I ou classe II expressadas no epitélio cortical. Durante este processo, células com baixa afinidade pelo MHC são selecionadas positivamente. Células não selecionadas morrem por apoptose, um processo chamado “morte por desprêzo”. Em seguida, as células perdem CD4 e CD8. Tais células T então encontram peptídios próprios apresentados pelas moléculas de MHC próprias expressadas nas células dendríticas. Aquelas células T com receptores de alta afinidade pelo MHC + peptídio próprio fazem deleção clonal também chamada seleção negativa através da indução de apoptose. Qualquer distúrbio nesse processo pode conduzir ao escape de células T auto-reativas que podem disparar doença autoimune. Da mesma maneira, células B em início de diferenciação quando elas encontram antígeno próprio, associado a célula ou solúvel, entra em deleção. Assim, deleção clonal tem papel chave em assegurar tolerância para com um antígeno próprio.
Tolerância periférica: A deleção clonal não é jogo fácil e frequentemente células T e B falham em realizar deleção e porisso essas células podem potencialmente causar doenças autoimunes se chegarem aos órgãos linfóides periféricos. Assim, o sistema imune descobriu alguns pontos de contrôle (check points) adicionais de forma que a tolerância possa ser mantida.
Morte celular induzida por ativação: Células T com a ativação não somente produzem citocinas e carreiam suas funções efetoras mas também morrem por morte celular programada ou apoptose. Nesse processo, o feceptor de morte (Fas) e seu ligante (FasL) exercem papel crucial. Assim, células T normais expressam Fas mas não FasL. Com a ativação, células T expressam FasL que se ligam a Fas e disparam apoptose pela ativação da caspase-8. A importância da Fas e FasL é claramente demonstrada pela observação de que ratos com mutações em Fas (mutação lpr) ou FasL (mutação gld) desenvolvem severa doença linfoproliferativa e autoimune e morrem em 6 meses, enquanto que ratos normais vivem até 2 anos. Mutações semelhantes nesses genes de apoptose em humanos leva à doença autoimune chamada síndrome autoimune limfoproleferativa (ALPS).
Anergia clonal
Células T auto-reativas quando expostas a peptídios antigênicos em células apresentadoras de antígenos (APC) que não possuem as moléculas co-estimulatórias CD80 (B7-1) ou CD86 (B7-2) se tornam anérgicas (não-responsivas) ao antígeno. Também, enquanto a ativação de células T através de CD28 dispara a produção de IL-2, ativação de CTLA4 leva à inibição da produção de IL-2 e anergia. Também, células B quando expostas a grandes quantidades de antígeno solúvel regula negativamente sua IgM e se torna anérgica. Essas células também regulam positivamente as moléculas Fas na sua superfície. Uma interação dessas células B com células T carreando ligantes Fas resultam na sua morte via apoptose.

Ignorância clonal
Células T reativas a antígenos próprios não representadas no timo irão maturar e migrar para a periferia, mas elas certamente não irão encontrar jamais o antígeno apropriado porque este está sequestrado em tecidos inacessíveis. Tais células deverão morrer por falta de estímulos. Células B auto-reativas, que escapam da deleção, podem não encontrar o antígeno ou a ajuda da célula T específica e assim não será ativada e morrerá.

Anticorpo anti-idiotipo
Existem anticorpos que são produzidos contra idiotipos específicos ou outros anticorpos. Anticorpos anti-idiotipos são produzidos durante o processo de tolerização e tem sido demonstrado em animais tolerantes. Esses anticorpos parecem impedir o receptor de célula B de interagir com o antígeno.

Células T regulatórias (Antigamente chamadas células supressoras)
Recentemente, uma população distinta de células T foi descoberta chamada células T regulatórias. Células T regulatórias têm “pra todo gôsto”, mas as melhor caracterizadas incluem aquelas que expressam CD4+ e CD25+. Devido ao fato de células T CD4 normais ativadas também expressarem CD25, foi difícil distinguir entre células T regulatórias e células T ativadas. As pesquisas mais recentes sugerem que células T regulatórias são definidas pela expressão da família bifurcada de fator de transcrição Foxp3. A espressão de Foxp3 é necessária para o desenvolvimento e função de células T regulatórias. O/s mecanismo/s preciso/s pelo/s qual/is as células T regulatórias suprimem outras funções das células T não é/são claros. Um dos mecanismos inclui a produção de citocinas imunosupressivas tais como TGF-β e IL-10. Mutacões genéticas em Foxp3 em humanos levam ao desenvolvimento de uma desordem autoimune rapidamente fatal conhecida como desregulação imune, Poliendocrinopatia, Enteropatia, síndrome autoimune ligada ao X (IPEX). Esta doença oferece a mais contundente evidência de que células T regulatórias exercem papel crítico na prevenção de doenças autoimunes.
Término da tolerância
Tolerância experimentalmente induzida pode ser terminada pela ausência prolongada da exposição ao tolerógeno, por tratamentos que danificam severamente o sistema imune (radiação X) ou pela imunização com antígenos de reação cruzada. Essas observações são significantes na conceitualização de doenças autoimunes.

MECANISMOS EFETORES EM DOENÇAS AUTOIMUNES


Tanto anticorpos como células T efetoras podem estar envolvidos no dano em doenças autoimunes.


CLASSIFICAÇÃO GERAL
Doenças autoimunes são geralmente classificadas com base no órgão ou tecido envolvido. Essas doenças podem cair em uma categoria órgão-específica na qual a resposta imune é dirigida contra antígeno/s associados com o órgão-alvo que está sendo danificado ou em uma categoria não órgão-específica, na qual o anticorpo é dirigido contra um antígeno não associado com o órgão-alvo (Tabela 2). O antígeno envolvido na maioria das doenças autoimunes é evidenciado no nome da doença (Tabela 2).


PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA À AUTOIMUNIDADE
Estudos em camundongos e observações em humanos sugerem uma predisposição genética a doenças autoimunes. Associação entre certos tipos de HLA e doenças autoimunes têm sido notadas (HLA: B8, B27, DR2, DR3, DR4, DR5 etc.).


ETIOLOGIA DA DOENÇA AUTOIMUNE
A etiologia exata de doenças autoimunes é ainda desconhecida. Entretanto, várias teorias têm sido oferecidas. Estas incluem antígenos sequestrados, escapamento de clones auto-reativos, perda de células supressoras, antígenos de reação cruzada incluindo antígenos exógenos (patógenos) e antígenos próprios alterados (agentes químicos e infecções virais).
Antígenos sequestrados
Células linfóides podem não ser expostas a alguns antígenos próprios durante sua diferenciação, porque elas devem ser antígenos de desenvolvimento tardio ou podem estar confinadas em órgãos especializados (ex. testículos, cérebro, ôlho, etc.). A liberação de antígenos desses órgãos resultantes de trauma ou cirurgia podem levar à estimulação de uma resposta imune e iniciação de uma doença autoimune.
Escape de clones auto-reativos
A seleção negativa no timo pode não ser totalmente funcional na eliminação de células auto-reativas. Nem todos os antígenos próprios estão representados no timo ou certos antígenos podem não estar processados apropriadamente e apresentados.
Ausência de células T regulatórias
Extistem menos células T regulatórias em muitas doenças autoimunes.
Tabela 2
Espectro de doenças autoimunes, órgãos-alvos e testes diagnósticos


Doença
Órgão
Anticorpo para
Teste Diagnóstico
 Órgão-Específica 






































Não órgão-específica

Tireoidite de Hashimoto
TireóideTireoglobulina, peroxidase tiroidiana (microssomal)
RIA, Passivo, CF, hemaglutinação
Mixedema Primário
Tireóide
Receptor citoplasmático TSH
Imunofluorescência (IF)
Doença de GravesTireóide
Bioensaio, Competição pelo receptor TSH
Anemia perniciosaCélulas vermelhasFator intrínseco (IF), células gástricas parietaisImunofluorescência para B-12 ligando a IF
Doença de Addison (Fig 1)AdrenalCélulas adrenaisImunofluorescência
Início prematuro da menopausa
OvárioCélulas produtoras de esteróidesImunofluorescência
Infertilidade masculina
EspermaEspermatozóide
Aglutinação, Imunofluorescência
Diabetes juvenil dependente de insulina
PâncreasCélulas beta das ilhotas pancreáticas
Diabetes resistente a insulina
SistêmicaReceptor de insulina
Competição pelo receptor
Alergia atópicaSistêmica
Receptor beta-adrenérgico
Competição pelo receptor
Miastenia gravisMúsculo
Músculo, receptor de acetilcolina
Imunofluorescência, competição pelo receptor 
Síndrome de Goodpasture
Rim, pulmão
Membrana basal renal e do pulmãoImunofluorescência (coloração linear) (Fig. 2)
PênfigoPeleDesmossomosImunofluorescência (Fig 3)
PenfigóidePele
Membrana basal da pele
Imunofluorescência (Fig 4)
Uveíte facogênicaCristalinoProteína do cristalino
Todas anemias hemolíticasCélulas vermelhas e plaquetasCélulas vermelhasHemaglutinação passiva
Teste direto de Coomb
Trombocitopenia idiopática
PlaquetaImunofluorescência
Cirrose biliar primária
FígadoMitocôndriaImunofluorescência
Neutropenia idiopática
Neutrófilos 
Neutrófilos Imunofluorescência
Neutrófilos Cólon
Lipopolissacarídeo do cólon
Imunofluorescência
Síndrome de Sjogren
Glândulas secretoras
(Fig 5)
Ducto mitocondrialImunofluorescência
Vitiligo
Pele Juntas
Melanócitos (fig 6)Imunofluorescência
Artrite reumatóidePele, rim, juntas etcIgGAglutinação IgG-latex
Lupus eritematoso sistêmico
Juntas, etc.
DNA, RNA, nucleoproteínas
RNA-, aglutinação DNA-latex, IF (granular no rim)
As doenças estão listadas a partir do órgão mais específico (em cima) para o menos específico (em baixo)

Antígenos de reação cruzada
Antígenos em certos patógenos têm determinantes que fazem reação cruzada com antígenos próprios e uma resposta imune contra esses determinantes podem levar a células efetoras ou anticorpos contra antígenos tissulares. Nefrite pós estreptocócica e anticorpos cardite, anticardiolipina durante sífilis e associação entre Klebsiella e espondilite anquilosante são exemplos de tal reatividade cruzada.

O que é Doença auto-imune?


Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Existem mais de 80 tipos diferentes de doenças autoimunes.

Causas


Normalmente, os leucócitos do sistema imunológico ajudam a proteger o corpo contra substâncias nocivas, chamadas de antígenos. Alguns exemplos de antígenos incluem bactérias, vírus, toxinas, células cancerígenas e sangue ou tecidos de outras pessoas ou espécies. O sistema imunológico produz anticorpos que destroem essas substâncias nocivas.
Nos pacientes com doença autoimune, o sistema imunológico não consegue distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos. O resultado é uma resposta imunológica que destrói os tecidos normais do corpo. Essa resposta é uma reação de hipersensibilidade similar à resposta no caso de doenças alérgicas.
Nas alergias, o sistema imunológico reage a substâncias externas que ele normalmente ignoraria. Nas doenças autoimunes, o sistema imunológico reage aos tecidos normais do corpo que ele normalmente ignoraria.
A causa dessa incapacidade de distinguir entre os tecidos saudáveis do corpo e os antígenos é desconhecida. Uma das teorias afirma que alguns micro-organismos (como as bactérias ou vírus) ou medicamentos podem desencadear essas mudanças, principalmente nas pessoas que têm genes que aumentam suas chances de ter doenças autoimunes.
Uma doença autoimune pode causar:
  • l Destruição de um ou mais tipos de tecidos do corpo
  • l Crescimento anormal de um órgão
  • l Alterações na função de um órgão
l Uma doença autoimune pode afetar um ou mais órgãos ou tipos de tecido. Os órgãos ou tecidos normalmente afetados pelas doenças autoimunes são:
  • l Vasos sanguíneos
  • l Tecidos conjuntivos
  • l Glândulas endócrinas, como a tireoide e o pâncreas
  • l Articulações
  • l Músculos
  • l Glóbulos vermelhos
  • l Pele
Uma pessoa pode apresentar mais de uma doença autoimune ao mesmo tempo. Exemplos de doenças autoimunes (ou relacionadas):

Exames


Possíveis testes para o diagnóstico de uma doença autoimune:
  • l Testes de anticorpos antinucleares
  • l Testes de autoanticorpos
  • l Hemograma completo
  • l Proteína C-reativa (PCR)
  • l Taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR)

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de doenças autoimunes é baseado nos sintomas e detecção de anticorpos (e/ou células T muito precoces) reativos contra antígenos ou tecidos e células envolvidas. Anticorpos contra antígenos associados a célula/tecido são detectados por imunofluorescência. Anticorpos contra antígenos solúveis são normalmente detectados ELISA ou radioimunoensaio (ver tabela acima). Em alguns casos, um teste biológico/bioquímico pode ser usado (ex. doença de Graves, anemia perniciosa).

TRATAMENTO

As finalidade do tratamento de desordens autoimunes são reduzir os sintomas e controlar a resposta autoimune enquanto que mantém a habilidade do corpo de combater infecções. Tratamentos variam muito e dependem da doença específica e sintomas: Anti inflamatórios (corticosteróides) e terapia com drogas imunossupressoras (tais como ciclofosfamida, azatioprina, ciclosporina) é o método presente de tratamento de doenças autoimunes. Pesquisas multidisciplinares estão em curso para o desenvolvimento de tratamentos inovadores que incluem: terapia anti-TNF alfa contra artrite, suplementação oral com antígenos para induzir tolerância, anticorpos anti-idiotipos, peptídios antigênicos, anticorpos anti receptor IL2, anticorpos anti-CD4, anticorpos anti-TCR, etc.

Fonte: http://www.nedai.org/item.aspx?id_item=746&id_rubrica=230&id_seccao=51#.U1XO4lVdXjE



Células e Órgãos Linfóides

Células e Órgãos Linfóides

Hematopoiese
Vídeo explicativo para ajudar o entendimento desta questão


É a origem e manutenção de células de defesa (leucócitos) a partir de célula tronco da medula óssea.


A medula óssea pode ser extraída do esterno (ossos chatos) e do fêmur (longos).


Dá origem a dois tipos distintos:

Progenitores linfóides (que dão origem aos linfócitos B, linfócitos T e a célula NK - Natural Killer), e os Progenitores Mielóides que dão origem aos leucócitos (monócitos/macrófagos, neutrófilos, eosinófilos, basófilos, plaquetas, plasmócitos).

 É a série branca (células de defesas) que define as doenças. Quase todos são fagócitos. Neutrófilos, eosinófilos e basófilos são granulócitos. São células que tem o citoplasma rico em grânulos. 

Granulocito eosinófilo     Eosinófilo  

 Basófilo

Granulocito neutrófilo Neutrófilo

Neutrófilos: 90% a 95% na série branca, São responsáveis pela inflamação. É um fagócito. São os primeiros a irem combater os elementos que podem ser nocivos ao hospedeiro.

Eosinófilos: 3% a 5% ou 2% a 5%. Também participa do processo inflamatório. Também são fagócitos e são defesas contra vermes e parasitas. Também podem combater rações alérgicas.

Basófilos: 0,5% a 1%. Tem função semelhante ao mastócito. Também libera histamina. Também participam dos processos inflamatórios. É um fagócito.

Plaquetas: Participa do fenômeno de coagulação. Faz parte do sistema de defesa. Normal é se 150.000 a 350.000.

Leucocitose: Leucócitos que ultrapassam ao valor normal (de 8.000 a 10.000). Abaixo (menos de 5.000) é leucopenia, fator que indica risco ao sistema de defesa.

Plasmócito: São ou estão lifados às células B imaturas. Estão ligados a alguma patologia.

Monócitos e Macrófagos: 3% a 8%. Monócitos circulam de 2h a 8h, ainda imaturos, não reconhecem bem o antígeno. Após este tempo ganha o nome de Macrófagos, e vão ao seu lugar de apoio. Vivem por muitos anos. É um fagócito. Apresenta o antígeno para a célula T (célula apresentadora de antígeno) quando está na circulação.


Órgãos Linfóides


Primários: Medula óssea e Timo.

 
                                             Medula Óssea                                   Timo

A medula óssea é responsável pela origem e maturação das células B. participam da diferenciação.

O Timo é responsável pela maturação das células T. Se localiza acima do coração. Ganham o nome de timócitos.


Secundários: Baço e Linfonodos.

O Baço filtra os antígenos. Berço das células de defesa.


Os Linfonodos são onde as respostas imunológicas são montadas (em maior número nas axilas e região inguinal).

 

As Tonsilas (Amídalas) são um ógão que retém as células de defesas. Se sobrecarrega fácil, sofre inflamação ou inflamação de garganta por repetição. Responsável pelas defesas das vias aéreas.


Placa de Peyer: Fica localizado no intestino. São a defesa do intestino.

 


MALT (Tecido Linfóide Associado a Mucosa) é um dímero.


As Adenóides encontram-se na parte superior das fossas nasais (são as produtoras de "melecas").