Imunidade Inata
Imunidade
Inata é a imunidade que já nasce com o indivíduo,
sem necessidade de introdução de substâncias ou
estruturas externas ao organismo. Acontece a partir das primeiras
12 horas da infecção ou da entrada do microorganismo.
Para
que um mocroorganismo cause danos ao hospedeiro, tem que vencer uma
série de defesas do organismo, dentre elas:
*A
pele
(Barreiras
Epiteliais ou Barreira Física) com microorganismos
presentes na pele chamada Barreira Biológica.
*os
tecidos
que
forram o sistema
respiratório e
o digestório (Mucosas),
*O
ph Ácido da lágrima,
do suor
e
a saliva,
que contém uma enzima chamada Lisozima, capaz de destruir
inúmeros microorganismos. O pH ácido é
responsável por manter um equilíbrio na microbiota
residente do nosso organismo, como por exemplo, no trato
genito-urinário, na Cavidade Vaginal (Candida), fluxo de
urina, flora bacteriana, conjuntiva dos olhos...
*e
o ácido
clorídrico do
estômago.
Além
de todas essas barreiras, os microorganismos têm que vencer um
batalhão de células
especializadas
em destruir invasores patógenos, como os glóbulos
brancos que
“comem" micróbios ou os que provocam sua destruição
por meio de anticorpos.
Nesse último caso, para cada tipo de proteína
estranha
que penetra no organismo (chamada antígeno) é produzido
um tipo de anticorpo que adere ao invasor, neutralizando-o e
facilitando a sua destruição.
O
conjunto de células que realiza esse combate individualizado
forma a imunidade inata.
Imunidade Inata é a imunidade fornecida pelos macrófagos
(células
fagocitárias - fagócitos); pela pele, que é uma
barreira de proteção contra microorganismos
invasores;
por substâncias químicas presentes no corpo (na pele
principalmente);
pelo sistema complemento (um complexo de proteínas
que
atuam na imunidade).
O
fagócito participa tanto da Imunidade Inata quanto da
Imunidade Adaptativa. Quando jovem chamamos de Monócitos, que
circula por alguma horas, adquirindo amadurecimento, transformando-se
em Macrófago. É como o filho que sai de casa ainda
jovem, cai na vida, amadurece e tornando-se um homem vivido e
experiente.
O
Sistema Complemento é composto por uma série de proteínas
de
membrana plasmática e solúveis no sangue que tem sua origem no fígado e
participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória).
Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar (faz ligação)
os patógenos e induzir uma série de respostas
inflamatórias que auxiliam no combate à infecção.
Inúmeras proteínas do complemento são proteases
que se auto-ativam por clivagem proteolítica.
Existem 3 vias de ativação do Sistema Complemento: A Via Clássica (detecta um complexo Antígeno-Anticorpo), A Via Alternativa (detecta o antígeno na superfície da célula) e a Via Lectinia (reconhece na membrana sem a presença de anticorpo).
Existem 3 vias de ativação do Sistema Complemento: A Via Clássica (detecta um complexo Antígeno-Anticorpo), A Via Alternativa (detecta o antígeno na superfície da célula) e a Via Lectinia (reconhece na membrana sem a presença de anticorpo).
Via clássica
Nessa
via a montagem e a organização das convertases são
habitualmente iniciadas por anticorpos da classe IgG ou IgM formando
complexos com o antígeno. Várias outras substâncias,
tais como os complexos da proteína C-reativa (PCR),
determinados vírus e bactérias Gram-negativas, também
podem ativar esta via. Os ativadores são reconhecidos por C1q,
uma das três proteínas do complexo C1. Esta ligação
ativa C1r que ativa a pró-enzima C1s. Então, C1s
ativado cliva C4, resultando na fixação covalente do
seu principal fragmento, C4b, à superfície do ativador.
O componente C2 liga-se a C4b e é clivado por C1 em dois
fragmentos (este processo necessita da intervenção de
Ca++ o Mg++), dos quais C2a permanece ligado a C4b, completando a
montagem do complexo C4bC2a, que é a C3 convertase da via
clássica. Esta cliva C3 resultando na ligação de
C3b à superfície do ativador e na ligação
posterior de C3b à subunidade C4b2a, formando a C4b2a3b que é
C5 convertase da via clássica.
Via da Lectina
A
via da litica utiliza uma proteína similar a C1q para ativar a
cascata do complemento, a lectina ligadora de manose (MBL). A MBL
liga-se a resíduos de manose (um tipo específico de açucar) e outros açúcares,
organizados em um padrão, que recobrem superficialmente muitos
patógenos. A lectina ligadora de manose é uma molécula
formada por duas a seis cabeças, semelhante a C1q, que formam
um complexo com duas serina proteases a MASP-1 e MASP-2. MASP-2 é
similar as proteínas C1r e C1s. Quando o complexo MBL liga-se
à superfície de um patógeno, MASP-2 é
ativada para clivar C4, em C4a e C4b, e C2 em C2a e C2b, originando a
C3 convertase da via da lectina - C4b2a. O papel de MASP-1 ainda não
está bem claro na ativação do complemento.
As
pessoas deficientes em MBL têm maior suscetibilidade a
infecções na infância, o que mostra a importância
da via da lectina na defesa do hospedeiro. Esta via participa da
resposta imune inata, uma vez que não é mediada por
anticorpos.
Via Alternativa
Esta
via foi denominada alternativa por razões históricas,
por ter sido descoberta após a via clássica. A ativação
desta via inicia-se a partir da hidrólise espontânea
tiol-éster localizada na cadeia alfa do componente C3, gerando
o C3 (H20). Esta molécula exibe sítios reativos que
permite a ligação de uma proteína plasmática,
fator B (fB), formando o complexoC3(H2O)B. O fB então é
clivado por uma enzima denominada fator D (fD). Esta clivagem origina
2 fragmentos Ba e Bb. O fragmento Bb fica ligado a C3(H2O), gerando o
C3(H2O)Bb, que na presença de íons Mg++, tem atividade
serino-protease, clivando o C3 em C3a e C3b. Assim como o C3(H2O),
C3b também apresenta sítio de ligação com
o fB. Formando o complexo C3bBb, após clivagem do fB em fBb e
fBa pelo fD. O C3bBb atua então como C3 convertase, clivando
mais moléculas de C3, formando C3bBb3b que cliva C5 em C5a e
C5b. O fragmento C5b permanece ligado ao complexo e os outros
componentes (C6,C7, C8 e C9)se ligam para a formação
MAC. Esta via faz parte da resposta imune inata, uma vez que não
é mediada por anticorpos.
Este vídeo é bem explicativo, e vai facilitar o entendimento desta questão.
Células
Natural Killer NK sãs
células exterminadoras naturais. Um tipo de
linfócitos (glóbulos
brancos responsáveis
pela defesa
específica do
organismo). Têm um papel importante
no combate a infecções virais e células
tumorais.
As
células NK são componentes importantes na Imunidade
Inata. Estas células não destroem os microorganismos
patogênicos
diretamente,
tendo uma função mais relacionada com a destruição
de células infectadas ou que possam ser cancerígenas.
Não são células fagocíticas.
Destroem as outras células através de mecanismos
semelhantes aos usados pelas T CD8+ (T Citotóxicas), através
da degranulação e libertação de enzimas
que ativam os mecanismos de apoptose, isto é, da célula
atacada.
As Células Natural Killer são a nossa Tropa de Elite!
Imunidade Adquirida Ativa ou Passiva
Os microorganismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados por exposição aos agentes infecciosos e aumentam a magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um micróbio particular. Pelo fato que esta forma de imunidade desenvolve como uma resposta a infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida.
As características que definem a imunidade adquirida são a grandes especificidade de lembrar a responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo micróbio.
A
imunização ativa ocorre quando o próprio sistema
imune do indivíduo, ao entrar em contato com uma substância
estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos
e
células imunes (linfócitos T). Esse tipo de imunidade
geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma
vida. Os dois meios de se adquirir imunidade ativa são
contraindo uma doença infecciosa e a vacinação.
A
imunização passiva é obtida pela transferência
ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou outro
ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e
eficiente proteção, que, contudo, é temporária,
durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva
natural é o tipo mais comum de imunidade passiva, sendo
caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para o feto
através da placenta e também pelo leite. Essa
transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses
de gestação, de modo a conferir uma boa imunidade à
criança durante seu primeiro ano de vida. A imunidade passiva
artificial pode ser adquirida sob três formas principais: a
imunoglobulina
humana combinada,
a imunoglobulina
humana hiperimune e
o soro
heterólogo.
A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir
imunidade passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de
produtos sanguíneos (sangue total, plasma, concentrado de
hemácias, concentrado de plaquetas, etc) contêm
anticorpos.
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