ANTÍGENO
Antígeno (Ag) é toda uma estrutura que causa uma resposta imunológica. É toda estrutura que possa causar danos ao hospedeiro.
Ø Vírus;
Ø Bactérias;
Ø Fungos;
Ø Protozoários;
Ø Verminoses;
Ø Substâncias Químicas (perfumes, giz, roupas...)
Seguindo o ABBAS (Imunologia Celular e Molecular - 7ª Ed. 2012), antígeno pode ser definido como estruturas que geram uma resposta contra eles pelo sistema imune.
Epitopo ou determinante antigênico é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune. É a área da molécula do antígeno que se liga aos receptores celulares e aos anticorpos. É o sítio de ligação específico que é reconhecido por um anticorpo ou por um receptor de superfície de um linfócito T (TCR).
Cada antígeno pode conter um ou mais epitopos, sendo iguais ou diferentes. A presença de diferentes epitopos na superfície do antígeno pode desencadear uma produção de anticorpos com diferentes especificidades e a ativação policlonal de linfócitos T. Isso geralmente não acontece, porque somente uns poucos epitopos podem ativar a resposta imune. Essa supremacia de um determinado epitopo é chamada imunodominância, e esse determinante antigênico com maior reatividade recebe a denominação de grupo imunodominante.
A imunodominância se deve ao fato de o grupo imunodominante estar localizado numa área exposta do antígeno, favorecendo um "bom encaixe", numa ligação tipo "chave-fechadura" que ocorre entre o epitopo e TCR ou entre epitopo e anticorpo. Um "bom encaixe" entre o determinante antigênico e o sítio de ligação do anticorpo ou do TCR depende de forças atrativas intermoleculares. Essas forças atrativas devem ser maiores que as repulsivas. A capacidade do grupo imunodominante formar uma ligação estável com o anticorpo ou com o TCR pode ser reversível se houver desequilíbrio entre as forças atrativas e repulsivas. A estabilidade do complexo antígeno-anticorpo ou antígeno-TCR depende da proximidade da ligação e está condicionada às ligações químicas existentes.
No caso de um distúrbio auto-imune, as reações iniciadas contra um antígeno próprio podem lesar tecidos, resultando na liberação e alterações teciduais, ativação de linfócitos específicos para esses outros antígenos, exacerbando a doença. É o fenômeno da propagação do epitopo, capaz de explicar por que, uma vez desenvolvida, uma doença auto-imune tende a ser crônica, e muitas vezes, progressiva.
ORIGEM DOS ANTIGENOS
Antígenos podem ser classificados de acordo com sua origem:
Ø Antígenos exógenos
Antígenos exógenos são antígenos que entrou no corpo de fora, por exemplo, inalação, ingestão ou injeção. Estes antígenos são levados para as células apresentadoras de antígenos mediante endocitose o fagocitose (APCs) e transformado em fragmentos
Ø Antígenos particulados
Antígenos particulados são representados por determinantes antigênicos que fazem parte da estrutura de células, bactéria, fungos e vírus; estão, portanto, fixos aos mesmos.
Ø Antígenos endógenos
Antígenos endógenos são aqueles antígenos que foram gerados dentro de uma célula, como resultado do metabolismo,celular normal, ou devido a infecções, bacteriana ou viral intracelular.
Ø Imunogenicidade
É a capacidade de induzir e reagir a uma resposta imunológica detectável.
Requisitos para imunogenicidade:
1°- Ser extranho (no self).
2°- Ter auto peso molecular.
3°- Ter complexidade química.
2°- Ter auto peso molecular.
3°- Ter complexidade química.
4°- Ter capacidade de ser degradada.
Ø Antigenicidade
Antigenicidade é a substância com capacidade de atuar como um antígeno, estimulando a formação de anticorpos.
Ø Reação Cruzada
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Anticorpo (Ac) São glicoproteínas solúveis produzidas por linfócitos
B e células plasmáticas após a estimulação de uma macrocélula, isto é, um
antígeno.
Tem a capacidade de se ligar a um antígeno e
pertencem a um grupo de grandes polipeptídeos chamados imunoglobulinas
(separação eletroforética).
É uma molécula com uma
forma semelhante a letra Y.
Cadeia leve: Região Variável
Cadeia pesada: Região Constante
O anticorpo tem a função de se ligar a uma célula apresentadora de antígeno e o leva para uma célula T. Tem a função de reconhecer e combater o antígeno.
Estruturas:
1) Monômero
2) Dímero
3) Pentâmero
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ESTRUTURA BÁSICA DAS IMUNOGLOBULINAS
Embora diferentes imunoglobulinas possam ser diferentes estruturalmente, elas são todas construidas a partir das mesmas unidades básicas.
Vai aqui um vídeo explicativo que vai ajudar você a entender melhor essa questão.
A. Cadeias leves e Pesadas
Todas as imunoglobulinas têm uma estrutura de quatro cadeias como unidade básica. Elas são compostas de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas.
B. Pontes dissulfeto
1. Pontes dissulfeto intercadeia – As cadeias pesada e leve e as duas cadeias pesadas são mantidas juntas por pontes dissulfeto intercadeia e por interações não covalentes. O número de pontes dissulfeto varia entre as diferentes moléculas de imunoglobulinas.C. Regiões Variáveis (V) e Constantes (C)
2. Pontes dissulfeto intracadeia – Dentro de cada uma das cadeias polipeptídicas há também pontes dissulfeto intracadeia.
Depois que as sequências de aminoácidos de muitas cadeias pesadas e leves diferentes foram comparadas, ficou claro que ambas as cadeias pesadas e leves poderiam ser divididas em duas regiões baseando-se na variabilidade da seqüência de aminoácidos. Elas são:
1. Cadeia leve - VL (110 aminoácidos) e CL (110 aminoácidos)D. Região da dobradiça
2. Cadeia Pesada - VH (110 aminoácidos) e CH (330-440 aminoácidos)
Esta é a região com a qual os braços da molécula de anticorpo formam um Y. É chamada de região da dobradiça porque há uma flexibilidade na molécula nesse ponto.
E. Domínios
Imagens tridimensionais da molécula de imunoglobulina mostram que ela não é reta. Ao contrário, ela é dobrada em regiões globulares, cada uma das quais contém uma ponte dissulfeto intracadeia. Essas regiões são chamadas domínios.
1. Domínios de Cadeia Leve - VL e CLF. Oligosacarídeos
2. Domínios de Cadeia Pesada - VH, CH1 - CH3 (ou CH4)
Carboidratos são acoplados ao domínio CH2 na maioria das imunoglobulinas. Entretanto, em alguns casos carboidratos podem também ser acoplados em outros locais.
Os termos Anticorpo e Imunoglobulina (Ig) são frequentemente usados com o mesmo significado.
Classes de Anticorpos
São cinco séries de anticorpos:
Ø Imunoglobulina tipo A (IgA) - Dímero
Ø Imunoglobulina tipo D (IgD) - Monômero
Ø Imunoglobulina tipo G (IgG) - Monômero
Ø Imunoglobulina tipo E (IgE) - Monômero
Ø Imunoglobulina tipo M (IgM) - Pentâmero
Os anticorpos apresentam uma gama de funções e uso, tanto biológicas quanto clínicas.
Na defesa do hospedeiro:
F Marcação de organismos infectivos;
F Recrutamento do hospedeiro, de mecanismos efetores de destruição;
F Neutralização de toxinas;
F Remoção de antígenos estranhos da circulação sanguínea.
Na medicina Clínica:
F Níveis de anticorpos específicos antipatógenos usados em diagnósticos (monitoramento de uma doença);
F Conjunto de anticorpos administrados passivamente para a terapia (proteção do hospedeiro).
Laboratório Científico:
Os anticorpos são usados em grande escala de aplicações de diagnósticos e pesquisas.
Tipos:
Ø IgM:
É a Infantaria do nosso organismo. É a primeira força a ser lançada no combate às invasões sofridas pelo nosso organismo. Para entender esta co-relação e facilitar nossa " decoreba" leia o que é uma infantaria: "A Infantaria é a mais antiga arma do Exército e geralmente dotada dos maiores efetivos, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte para serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade".
É a Infantaria do nosso organismo. É a primeira força a ser lançada no combate às invasões sofridas pelo nosso organismo. Para entender esta co-relação e facilitar nossa " decoreba" leia o que é uma infantaria: "A Infantaria é a mais antiga arma do Exército e geralmente dotada dos maiores efetivos, formada por soldados que podem combater em todos os tipos de terreno e sob quaisquer condições meteorológicas, podendo utilizar variados meios de transporte para serem levados à frente de combate. Sua principal missão é conquistar e manter o terreno, aproveitando a capacidade de progredir em pequenas frações, de difícil detecção e grande mobilidade".
● É o primeiro Ac produzido.
● Cerca de 10% do conjunto de imunoglobulinas.
● Plasmócitos.
● Início baixa afinidade.
● Região constante reage complemento.
Expressa na superfície das células B. Elimina patógenos nos estágios iniciais da imunidade mediada pelas células B antes que haja IgG suficiente (ativação do sistema de complemento).
Resposta primária
Como primeira linha de defesa, o corpo desencadeia a resposta imune primária quando um antígeno nocivo é detectado. Esse organismo pode ser uma molécula ou substância que, quando entra no corpo humano, provoca a produção de anticorpos pelo sistema imunológico. Essas defesas, em seguida, tentam matar ou neutralizar o invasor identificado como um organismo externo ou perigoso. Depois que é atacado, o corpo passa por um período de retardamento de 10 dias a quatro semanas, até que a produção dos anticorpos é iniciada.
Resposta primária II
O anticorpo dura no organismo aproximadamente 48h. Após este tempo, migra para os tecidos dos órgão do trato respiratório, gastrointestinais... para efetuar a proteção destes.
O pentâmero faz o maior numero de ligações covalentes nos antígenos (até 10 ligações). Em uma infecção, ele é o primeiro a ser lançado para combater.
INDICA UMA INFECÇÃO RECENTE!!!
Ø IgA:
● Linfonodos, baço, medula óssea.
● Linfonodos mucosas.
● Cerca de 15% a 20% das imunoglobulinas do soro humano.
● Parte direcionada contra microorganismos que colonizam mucosas.
Encontrado em áreas de mucosas, como os intestinos, trato respiratório e trato urogenital, prevenindo sua colonização por patógenos. É passado para o neonato via aleitamento.
Sabendo que esta Ig é passada para o neonato pelo aleitamento materno, pegamos esse "gancho" para facilitar nossa "decoreba" e chamaremos o IgA de IgAleitamento Materno. Tenha a certeza de que isso vai grudar em você igual ao cheiro do perfume enjoado daquela mulher que estava do seu lado na viagem do ônibus que gruda na sua roupa.
Ø IgE:
Participa recrutando os neutrófilos.
● Ativação de mastócitos.
● Apesar de escasso no soro humano, é encontrada na membrana de basófilos.
● Atividades inflamatórias
● Defesa contra vermes e parasitas.
● Alérgenos.
Se liga a alérgenos e ativam os mastócitos. São responsáveis pela liberação de histamina e basófilos (reação de hipersensibilidade Inata = alergia). Também protege contra parasitas helmintos.
Sabemos que os Eosinófilos estão intimamente ligados ao combate de crises alérgicas e/ou vermes intestinais. Para facilitar nossa "decoreba" podemos chamar o IgE de IgEosinófilo. Pronto, isso nunca mais vai sair da sua cabeça, como música chata que só fica repetindo o refrão na sua cabeça.!
Ø IgD:
● Menos de 1% das imunoglobulinas do soro, mas está presente em grande quantidade na membrana de muitas células B circulantes.
● Função imprecisa, mas pode ter um papel na diferenciação de linfócitos estimulados antigenicamente.
Funciona principalmente como uma receptora de antígeno nas células B. Suas funções são menos definidas do que as dos outros isotérmicos.
É como aquele cara que vive de fazer "bico". Um faz tudo. Não tem uma função definida, mas acredite, ele está lá!
Ø IgG:
● Está igualmente distribuída nos compartimentos extracelulares e é a unica que atravessa a placenta.
● É o anticorpo principal nas respostas imunes secundárias e a classe antitoxinas.
Participa da opsonização; ativação do sistema de complemento (inflamação e fagocitose); citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpo; Inibição por feedback das células B. Além de ser o único tipo de Ig que ultrapassa a barreira placentária.
Resposta secundária
A resposta imune secundária ocorre depois que um antígeno, que já havia invadido o corpo, ataca novamente. No entanto, o ataque precisa ser feito pelo mesmo vírus ou bactérias que sejam exatamente do mesmo tipo do anterior, como por exemplo, quando um indivíduo é reinfectado pela mesma gripe. Assim que o organismo é considerado uma ameaça maior, a quantidade de anticorpos, criados especificamente pelo corpo para esse tipo de vírus da gripe durante a primeira infecção, aumenta sem que seja necessário esperar o período de retardamento.
Resposta secundária II
MARCADOR DE INFECÇÃO ANTIGA!!!
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