sábado, 31 de maio de 2014

Agradecimentos (Mensagem de Motivação)

Sua vitória, seu êxito depende diretamente da sua força de vontade de vencer. Por mais que as coisas pareçam estar difíceis, não desista de seguir em frente. Lembre-se que o rio segue seu fluxo calmamente e em silêncio, desviando-se dos obstáculos que se opõem ao seu curso.

Acredite sempre em você e pense positivamente para que forças positivas possam trabalhar a favor da tua conquista. Siga sempre em frente, não desista nunca. Trabalhe e dê o seu melhor, pois tua luz resplandecerá e todos notarão algo grande em você, porque você é exatamente do tamanho do teu sonho.



Muito obrigado.
Desejamos a todos muita paz, muita sorte e uma boa evolução, tanto pessoal quanto espiritual.
Bom estudo.

Apresentação

Olá pessoal.

Este blog foi criado com muito carinho para facilitar o aprendizado da disciplina de Imunologia Básica, fazendo parte da tecnologia educacional.

Somos Acadêmicos de Enfermagem da Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy (UNIGRANRIO), Denis Fernandes (6º período) e Eduardo Cardozo (7º período), e temos como nossa doscente uma Grande Professora, a Enfermeira Infectologista Valéria Almeida, formada na Universidade Gama Filho desde 1987, pós-graduada em 1999 Fiocruz-IPEC, Pós 2002 UNIRIO, Pós em MTC UGF e mestrada na UNIRIO desde 2005.

É um blog simples, baseado no plano de ensino da Universidade para o 1º semestre de 2014. Trabalhamos sobre compilações de conteúdos extraídos de sites da internet, revisados e aprofundados.

Disponibilizamos um chat, que foi acoplado ao blog, para que os alunos possam montar seus grupos de estudos online, com a matéria a mão, encurtando as distâncias que os separam e agilizando o tempo, que nos dias de hoje, está cada vez mais curto devido à correria do dia-a-dia e procuramos utilizar uma linguagem de fácil compreensão, para facilitar a absorção do conteúdo lançado aqui.

Esperamos que esta ferramenta de estudo possa vir a ser de grande utilidade para o aprendizado de vocês.
Desejamos a todos um ótimo aprendizado.
Bons estudos e boa sorte.

"O retorno virá de acordo com o tempo, a intenção e o mérito de cada um. Certamente, virá". (Tova Sender)

Tipagem Sanguínea

Tipagem Sanguínea



 
Assista aos vídeos para facilitar o seu aprendizado


Os grupos sanguíneos

O fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois sistemas de classificação de grupos sanguíneos na espécie humana: os sistemas A, B, O e Rh. Nos seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue em relação aos sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. De acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
  • Grupo A – possui somente o aglutinogênio A;
  • Grupo B – possui somente o aglutinogênio B;
  • Grupo AB – possui somente o aglutinogênio A e B;
  • Grupo O – não possui aglutinogênios.
No plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas aglutininas: aglutinina anti-A e aglutinina anti-B.


Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não pode ter aglutinina anti-B. Caso contrário, ocorrem reações que provocam a aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que pode entupir vasos sanguíneos e comprometer a circulação do sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à morte.
Na tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina existentes em cada grupo sanguíneo:

Grupo Sanguíneo
Aglutinogênio
Aglutinina
A
A
Anti-B
B
B
Anti-A
AB
A e B
Não Possui
0
Não Possui
Anti-A e Anti-B

A existência de uma substância denominada fator Rh no sangue é outro critério de classificação sanguínea. Diz-se, então, que quem possui essa substância no sangue é Rh positivo; quem não a possui é Rh negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido identificado pela primeira vez no sangue de um macaco Rhesus.
A transfusão de sangue consiste em transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora. Geralmente é realizada quando alguém perde muito sangue num acidente, numa cirurgia ou devido a certas doenças.
Nas transfusões de sangue deve-se saber se há ou não compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não houver essa compatibilidade, ocorre aglutinação das hemácias que começam a se dissolver (hemólise). Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não deve conter aglutinogênios A; se o sangue do receptor apresentar aglutininas anti-B, o sangue doado não pode conter aglutinogênios B.



Em geral os indivíduos Rh negativos (Rh-) não possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh positivo (Rh+), passam a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira transfusão de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, geralmente não há grandes problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver considerável aglutinação das hemácias doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas dessa vez, somadas as produzidas anteriormente, podem ser suficientes para produzir grande aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os organismos.




Incompatibilidade sanguínea

Assista a aula sobre Eritroblastose Fetal

Tudo parece estar a correr bem com a sua gravidez. Após os testes normais, surge a questão do médico: "Qual o seu tipo de sangue e o do pai da criança?". A resposta pode vir rápida ou com alguma hesitação e, à primeira vista pode não parecer muito importante.
O seu sangue pode ser A, B ou O, numa categoria, e Rh+ (o que significa que tem no sangue uma substância chamada factor D) ou Rh- (se não tiver o factor D).

Se a mãe for Rh+ e o bebé for Rh-, não se coloca qualquer problema, o mesmo acontecendo nos casos de ambos serem Rh+ ou Rh-.

Uma mãe com factor Rh- e que tenha uma gestação com um homem com factor Rh+, tem probabilidades de gerar um feto com o factor Rh+ (herdado do pai), o que irá criar a chamada incompatibilidade sanguínea.

A dificuldade é criada quando o sangue do bebé se mistura com o sangue da mãe. As circulações sanguíneas da mãe e do feto ocorrem em vasos sanguíneos completamente independentes, mas esses vasos estão muito próximos da placenta. Esta pode sofrer pequenas rupturas, que fazem com que as células sanguíneas do bebé penetrem na circulação da mãe. O que acontece nestes casos é que o organismo da mãe reconhece essas células como corpos estranhos e vai gerar anticorpos (anti-D) que vão atacar os glóbulos vermelhos do bebê.

As consequências deste ataque podem levar ao falecimento do bebê na gestação ou após o nascimento, ou podem resultar num recém-nascido com grave icterícia, com um acompanhamento de deficiência mental, paralisia cerebral e surdez (Eritroblastose fetal).

Em casos em que a criança nasce afectada, pode mesmo realizar-se uma transfusão total de sangue Rh-, que não será destruído pelos anticorpos da mãe, transfusão pode ser efetuada com o feto ainda no útero.

Os casos de incompatibilidade são menos graves para o primeiro filho, mas os anticorpos gerados permanecem no organismo da mãe e se esta voltar a ficar grávida de um bebé Rh+, poderão facilmente atravessar a placenta e atacar os glóbulos vermelhos. A gravidade da enfermidade depende ainda do grau de sensibilização da mãe.

Hoje em dia já é possível detectar esses problemas, após determinados exames específicos para o caso, e pode ser aplicada uma vacina, geralmente na 28a. semana de gestação.

Outro tratamento adicional para as mulheres nesta situação passa pela utilização de uma substância conhecida como gamaglobulina anti-Rh, administrada à mãe no espaço de 72 horas após o parto.

Trata-se de um concentrado que vai bloquear o processo de sensibilização que produz os anticorpos contra o sangue do bebé, revestindo todas as células Rh+ que penetram na sua circulação e impedindo-as de dar origem à produção de anticorpos.

Os casos de incompatibilidade entre mãe e feto têm uma incidência calculada em um para cada 150 a 200 nascimentos. Foi em 1932 que Louis Diamond diagnosticou pela primeira vez a incompatibilidade sanguínea, conhecida como factor Rh.



Disponível em:

http://www.abcdobebe.com/planeando-um-bebe/incompatibilidade-sanguinea.html

HIV/AIDS


Você poderá utilizar o material de leitura para estudos que se encontra incorporado ao Blog no espaço ao lado em formato de Slides, na íntegra, como apresentamos em sala de aula.  Neste espaço, preferimos publicar os vídeos de sala da aula para que vocês possam ter uma visualização melhor do conteúdo, como também foi utilizado naquela oportunidade. 
No vídeo abaixo, visualizamos passo a passo a replicação viral, desde o momento em que ocorre o contato do vírus do HIV com a célula T CD4+, a introdução de suas propriedades RNA no interior desta e a forma como ocorre sua replicação. Vemos a ação  das três enzimas que participam diretamente deste processo, que são:

Transcriptase Reversa, que faz a transcrição, leitura do código genético do RNA viral;
Protease, que realiza a clivagem de uma cadeia de proteínas em pontos específicos, produzindo filamentos e liberando proteínas;
Integrase, que vai realizar a integração, a introdução do RNA viral no material genético da Célula.

Para ajudar a memorização, vamos observar o Prefixo dos nomes das proteínas:

Transcriptase Reversa
Transcri: Transcrição, cópia.

Protease
Pro: Produzir

Integrase
Integra: Integração, inserir no meio.

Com ajuda delas, o vírus de integra ao DNA celular, se passando como propriedade desta, utilizando seu material celular para se replicar, deixando esta célula de defesa inativada e infectando novas células.

Mas para o auxílio, temos os Anti-Retrovirais, que inibem a replicação viral por meios de ações nessas enzimas e até mesmo, impedindo o contato do vírus com a célula T CD4+. Desta forma, obtemos o controle da carga viral no organismo, já que sua erradicação ainda é uma utopia.



Em analogia, seria como aquele cara que se aproxima de uma mulher carente, que mora sozinha, passando aquela cantada bonita, prometendo de tudo, conseguindo conquista-la. Dessa forma, casa-se com ela e vai morar em sua casa. Com o tempo, usufrui de seus pertencer e vai embora, levando tudo o que ela tinha, deixando esta mulher mais carente do que quando a conheceu. 

Assim, com o Sistema Imunológico debilitado, surgem as doenças oportunistas, proliferando em grande escala no organismo, podendo levar o portador do HIV a morte.



Um bom estudo para todos.


Transplantes

O que é um transplante?


Assista a vídeo aula no YouTube. Muito interessante.

Processo de retirada de células, tecidos ou órgãos, chamados enxertos, de um indivíduo e a sua inserção em um indivíduo (geralmente) diferente.

Função: Os transplantes são utilizados para suprir o déficit funcional do receptor.

Limitação: Resposta imune do receptor ao tecido doado - Rejeição.

Tipos de enxertos



Enxerto autólogo ou auto-enxerto:

l Transplantado de um indivíduo para si mesmo.
l Não se desenvolve reações de rejeição.

l Exemplos:
Ø Ponte de Safena/Mamária
Ø Enxertos de pele


Singênicos

Transplante de órgãos ou tecidos entre indivíduos geneticamente idênticos (gêmeos):

l Não se desenvolve rejeição


Alogênicos ou aloenxertos

Transplantes entre indivíduos geneticamente diferentes porem da mesma espécie:

l Grande maioria dos enxertos.
l Enxerto é rejeitado.
l Antígenos são chamados de aloantígenos.


Xenogênicos

l Transplantes entre indivíduos de espécies diferentes.
l Enxerto fortemente rejeitado.
l Antígenos são chamados de xenoantígenos.
l Suprimento de órgãos é muito menor que a demanda.
l Interesse em transplantar órgãos de outros mamíferos em Seres Humanos.


O Transplante Alogênico

l O receptor do enxerto é capaz de reconhecer as células do doador e montar uma resposta contra elas.
l Os principais responsáveis pelos processos de rejeição são as moléculas do complexo de histocompatibilidade principal (MHC).
l Essas moléculas são codificadas por genes altamente polimórficos que são amplamente expressas.


As moléculas do MHC alogênicas são reconhecidas pelas células T do receptor de duas formas:

1- Apresentação direta è Onde o MHC alogênico é apresentado intacto ao TCR por Células Apresentadoras de Antígenos (APCs) do doador.


Apresentação Direta

Moléculas do MHC alogênicas com peptídeo ligado podem imitar o determinante formado por uma molécula de MHC própria e peptídeo estranho.

2- Apresentação indireta

l Onde o MHC alogênico é processado e apresentado como um antígeno comum por APCs do receptor.


Antígenos de histocompatibilidade secundários:

l Outros antígenos do aloenxerto também podem ser apresentados pela via indireta.
l Esses antígenos induzem uma rejeição fraca ou mais lenta que o MCH.

Aula sobre Complexo Principal de Histocompatibilidade


Ativação das Células T aloreativas

A ativação de linfócitos T alorreativos depende da apresentação dos aloantígenos por APCs do doador presentes no enxerto ou APCs do receptor que captam e apresentam aloantígenos.

Células T CD4+ aloreativas se diferenciam em células efetoras, migram para o local do enxerto e o destroem principalmente através das reações de hipersensibilidade tardia.

l Células T CD8+ alorreativas ativadas pela via direta se diferenciam em CTLs e destroem células do enxerto que expressam MCHI alogênico.
l CTLs gerados pela via indireta NÃO destroem diretamente as células estranhas pois são restritas ao MHC próprio.


Mecanismos efetores


Mecanismos efetores da rejeição a aloenxertos

Os aloenxertos estimulam respostas de células T e B semelhantes às respostas imunes a antígenos protéicos convencionais, porém com algumas particularidades. O reconhecimento do aloantígeno por células T leva a proliferação e diferenciação de linfócitos virgens em células efetoras, que migram para o enxerto e medeiam a rejeição.

Paralelo ao reconhecimento dos aloantígenos, a ativação de células alorreativas é coestimulada pela presença das moléculas B7-1 e B7-2, as citocinas CD80 e CD86 respectivamente. O bloqueio destas citocinas, é uma importante estratégia terapêutica de imunossupressão. A ativação de células B alorreativas ocorre sob os mesmos mecanismos de apresentação indireta de antígeno.

Os mecanismos efetores responsáveis pela rejeição de aloenxertos pelo sistema imunológico são mediados, juntamente com as citocinas inflamatórias, por três células: as
células T alorreativas CD4+ (MHC II) que levam a produção de citocinas inflamatórias, ou seja, resultam em processo inflamatório semelhante a reação de hipersensibilidade do tipo tardia; células T alorreativas CD8+ (MHC I) que levam a ativação do linfócito T citotóxico (matam células nucleadas do enxerto) e a produção de citocinas inflamatórias; e células B alorreativas que produzem os aloanticorpos.

A rejeição de enxertos é classificada com base nas características histopatológicas ou no curso temporal e são chamadas de:

l Rejeição Hiperaguda
l Rejeição Aguda
l Rejeição Crônica


Rejeição Hiperaguda

l Caracterizada pela oclusão trombótica dos vasos sanguíneos do enxerto em minutos ou horas após o transplante.
l Anticorpos pré-existentes do receptor se ligam aos antígenos endoteliais do doador.
l Exemplo: aloanticorpos contra antígenos do sistema ABO.

Mecanismo: Anticorpos do Hospedeiro + Antígenos Endoteliais do Doador → Ativação do Complemento → Lesão Endotelial → Adesão e Agregação de Plaquetas → Trombose → Oclusão Vascular → Lesão Isquêmica Irreversível.


Rejeição Aguda

l Lesão vascular e parenquimatosa mediada por L.T e anticorpos
l Os L.T respondem aos aloantígenos em células parenquimatosas.
l As células T causam lise direta das células do enxerto (CD8+).
l Produção de citocinas è Inflamação è lesão do enxerto (CD4+).
l Padrão histológico è Necrose da parede dos vasos com inflamação aguda.

Pode ser classificada em celular, quando mediada por células T → morte mediada por Linfócito T Citotóxico, levando a necrose do parênquima do enxerto, ou humoral, quando mediada por anticorpos, que se ligam ao HLA levando a uma trombose intravascular.


Rejeição Crônica

l Intensa produção de citocinas por Macrófagos
l Proliferação de células musculares lisas da íntima
l Oclusão arterial
l Estas lesões podem ser causadas por reações de DTH contra aloantígenos da parede vascular.

Mecanismo: Secreção de citocinas → Proliferação de células vasculares endoteliais e células da musculatura lisa → Comprometimento do fluxo sanguíneo do parênquima do órgão (isquemia) → Dano Tecidual → Fibrose.


Prevenção e tratamento da rejeição

l A principal forma de tratar ou prevenir reações de rejeição é a imunossupressão.
l Drogas imunossupressoras que inibem ou destroem os linfócitos T.

Drogas Imunossupressoras



Tipos de Imunossupressores:

Estas são as medicações imunossupressoras geralmente utilizadas nos transplantes:

Princípio Ativo - Nomes Comerciais ®

Azatioprina -
Imuram®
Tacrolimo -
Prograf® , Tarfic® e Tacrofort®
Ciclosporina -
Sandimmum® e Sigmasporim®
Prednisona -
Meticorten®, Artinizona®, Corticorten®, Flamacorten®, Predson®, Prednax®, Prednis, Predcort® e Precortil®.
Micofenolato de Sódio -
Myfortic®
Micofenolato Mofetil -
Cellcept®
Everolimo -
Certican®
Sirolimo -
Rapamune®


ESQUEMA TRIPLICE

A combinação de medicamentos, geralmente em esquema tríplice, ou seja, com três imunossupressores, visa garantir melhor eficácia do tratamento, pois cada um deles tem mecanismos de ação diferentes e a combinação possibilita usar doses mais seguras, evitando eventos adversos.


Corticoesteróides

l Diminuição da Inflamação
l Bloqueio de citocinas
l TNF
l IL1

Imunossupressão Inespecífica/Susceptibilidade a infecções

Transplantes especiais


Transplante de medula óssea

l Células hematopoiéticas indiferenciadas pluripotenciais.
l Aplicação:
   Ø Defeitos adquiridos em células sanguíneas ou células do sistema imune.
  • Ø Correção de enzimas eproteínas defeituosas (Hb).
  • Ø Leucemias.
  • Ø Para que as células do transplante ocupem nichos na medula do receptor é necessário.
  • Ø Um pré-tratamento (Radiação/Quimioterapia).
  • Ø As células indiferenciadas são rejeitadas fortemente.
  • Ø Há a necessidade de uma imunossupressão quase completa do receptor.


Doença Enxerto x Hospedeiro (GVHD)

l Causada por Linfócitos T maduros enxertados no inóculo de medula contra os aloantígenos do hospedeiro.
l Morte de células epiteliais na pele, no fígado e no trato gastrointestinal.


Imunodeficiência pós transplante de medula óssea

l Causada por:

Ø Incapacidade de gerar um repertório completo de linfócitos.
Ø Número e variedade de progenitores insuficiente.
Ø População de células supressoras “desmascarada” pela irradiação.


Transfusões Sanguíneas

l Forma de transfusão onde células sanguíneas são transferidas.
l Principal barreira è resposta contra antígenos de superfície.
l Sistema ABO, antígeno Rhesus (Rh), Antígeno Lewis.
l Ausência do antígeno è produção de anticorpos naturais contra ele.


Transfusões errados levam a:

Ø Ligação de anticorpos às células transfundidas.
Ø Fagocitose extensiva de hemácias opsonizadas
Ø Ativação do complemento
Ø Lise intravascular
Ø Insuficiência renal devido a hemoglobina
    Ø Coagulação intravascular
    Ø Hemorragia

O fator Rh e a Eritroblastose Fetal



l Causada por respostas a antígenos Rh presente em hemácias.

l Necessita de sensibilização prévia.


Disponível em:

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Reações de Hipersensibilidade

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE


As reações de hipersensibilidade constituem mecanismos imunológicos que, ao mesmo tempo, são promotores de defesa e de destruição tecidual. Quando o antígeno (o elemento estranho) é combatido pelo anticorpo ou pela célula diretamente, surgem reações teciduais que podem variar de um simples prurido (coceira) até destruição completa, com necrose; essas reações são ditas "reações de hipersensibilidade".

É o organismo partindo para ignorância para destruir aquilo que ele entende como um agente agressor à ele. Uma resposta exagerada ao contato do antígeno.


Os vários tipos de hipersensibilidade podem ser classificados segundo a forma de reação imunológica:


1. Hipersensibilidade do tipo I - os anticorpos reagem rápida e imediatamente à presença do antígeno; essa reação provoca a ativação dos mastócitos, com liberação da histamina e de outras enzimas vasoativas, provocando vasodilatação e exsudação; são reconhecidas duas formas de hipersensibilidade do tipo I: a imediata, cerca de 15 a 30 minutos após o contato com o antígeno, em que vemos as alterações anteriormente citadas, e a tardia, observada 6 a 8 horas após o contato com o antígeno, sendo caracterizada pela exsudação celular, principalmente de basófilos, eosinófilos, monócitos etc. O choque anafilático é um exemplo de hipersensibilidade do tipo I imediata.

 

O mecanismo da reação envolve produção preferencial de IgE, em resposta a certos antígenos (alergenos). IgE tem muito elevada afinidade por seu receptor em mastócitos e basófilos. Uma exposição subsequente ao mesmo alergeno faz reação cruzada com IgE ligado a células e dispara a liberação de várias substâncias farmacologicamente ativas (figura 1). Ligação cruzada do receptor Fc de IgE é importante para a estimulação de mastócitos. A degranulação de mastócitos é precedida pelo aumento do influxo de Ca++, que é um processo crucial; ionóforos que aumentam Ca++ citoplasmático também promovem degranulação, enquanto agentes que depletam Ca++ citoplasmático suprimem degranulação.

Os agentes liberados dos mastócitos e seus efeitos estão listados na Tabela 1. Mastócitos podem ser iniciados por outros estímulos tais como exercício, stress emocional, agentes químicos (ex. meio de revelação fotográfica, ionóforos de cálcio, codeína, etc.), anafilotoxinass (ex. C4a, C3a, C5a, etc.). Essas reações, mediadas por agentes sem interação IgE-alergeno, não são reações de hipersensibilidade embora elas produzam os mesmos sintomas.

Tabela 1. Mediadores Farmacológicos da Hipersensibilidade Imediata 
MEDIADOR
Mediadores preformados em grânulos
histamina
broncoconstrição, secreção de muco, vasodilatação, permeabilidade vascular
triptase
proteólise
Cininogenase
Cininas e vasodilatação, permeabilidade vascular, edema
ECF-A
(tetrapeptídios)
atrai eosinófilos e neutrófilos
Mediadores recém formados
leukotrieno B4
atraente de basófilos
leukotrieno C4, D4
mesmo que histamina mas 1000x mais potente
prostaglandinas D2
edema e dor
PAF
agregação plaquetária e liberação de heparina: microtrombos

 
Assista aos vídeos de ajuda.


As reações foram classificadas, em 1963, por P. H. G. Gell and Robin Coombs, em quatro tipos, numerados de um 1 a 4.

Classificação de Coombs e Gell


Tipo
Nomes alternativos

Doenças frequentemente mencionadas
Mediadores
I
Alergia (imediata)


II
Citotóxica, dependente de anticorpo


Doença do complexo imune


IV
Delayed-type hypersensitivity (DTH), cell-mediated immune memory response, antibody-independent



V
Doença autoimune




2. Hipersensibilidade do tipo II - os anticorpos reagem contra antígenos localizados nas membranas das células humanas normais ou alteradas; participam diretamente dessa reação o sistema complemento, provocando lise celular e tornando a célula susceptível a fagocitose, e as imunoglobulinas do tipo G. Hipersensibilidade do tipo II é uma reação imunológica caracterizada pela presença de IgG e IgM, com raras ocorrências de IgA. Estas imunoglobulinas ligam-se aos antígenos na superfície celular e opsonizam a célula. podendo leva-la à lise por fagocitose ou através da ativação do sistema complemento. Pode ocorrer em, transfusões sanguíneas, eritroblastose fetal, reações auto-imunes, reações induzidas por drogas, entre outras.

 
Tipo II (tipo citotóxico): Anticorpo citotóxico (IgG e IgM) formados contra antígenos de superfície celular; complemento geralmente envolvido. Ex: anemias; hemolíticas auto-imunes e doença de Godpasture; Anticorpo não citotóxico contra receptores de superfície celular. Ex: doenças graves.
As reações do I envolvem IgE, no tipo II são mediadas por IgG e IgM Caracteristicas importantes IgG e IgM: capacidade de ativar o sistema complemento através do domínio Fc da imunoglobina.
Existem diversos mecanismos de citotoxicidade dependentes de anticorpos
Modelo clássico de citotoxidade mediada por anticorpo dirigido contra eritrócitos:os anticorpos de classe IgM ou IgG ligam-se a um antigeno na superfície da membrana do eritrócito. Sob densidade suficiente, a imunoglobina ligada provoca a fixação do complemento por meio de C1q e a via clássica. Uma vez ativado o sistema complemento pode provocar a destruição da célula-alvo por meio de vários mecanismos diferentes.
Produtos do complemento: podem lisar diretamente as células-alvo por meio da formação de complexos de complemento C5b-9. Complexo conhecido como complexo de ataque à membrana devido à sua capacidade de se inserir na membrana plasmática como as aduelas de um barril e formar orifícios ou canis iônicos, dessa forma destruindo a barreira de permeabilidade e induzindo a lise celular. Este tipo de lise mediada por complemento é exemplificada por certos tipos de anemia hemolítica auto-imune que envolve formação de anticorpo contra antígenos de grupos sanguíneos nos eritrócitos. Nas reações transfusionais que resultam de encompatibilidade de grupos sanguíneos principais, ocorre hemólise devido a ativação do complemento.


 
    Assista aos vídeos de ajuda.




3. Hipersensibilidade do tipo III - originada do complexo formado pelo antígeno e o anticorpo quando estão ligados. Esse complexo pode originar reações teciduais por ativar o sistema complemento, fazendo que se acione o seu mecanismo de cascata.

A hipersensibilidade do tipo III tem como mediador uma imunoglobulina (geralmente IgG). O Antígeno é sempre solúvel (proteínas).
Quando não havia antibióticos e já se conheciam os Anticorpos, tratavam-se as infecções com soro. Vários indivíduos que usavam para mais de uma vez o soro apresentavam efeitos colaterais (febre, lesão renal, urticária e doença do soro).
Os soros heterólogos (de espécie diferente) tinham sintomas, eram mais graves que os homólogos. Os sintomas eram mais graves quando se usava novamente o soro.
As proteínas do cavalo eram antigênicas para nós. Os Anticorpo se complexam e se depositam causando lesão tecidual.
A grande diferença dessa herpes é a presença do Antígeno solúvel, que se complexa com Anticorpo e pode se depositar sobre superfícies (precipitação). Assim pode haver ativação de complemento, havendo quimiotaxia para PMN e liberação de medidores com inflamação e lesão tecidual pela fagocitose frustrada. Há ativação de macrófagos com produção de I2-1, TNF e outros, que aumentam a inflamação. Há agregação plaquetária com formação de microtrombos com necrose e isquemia.
Nem sempre o complexo Antígeno/Anticorpo se deposita sobre células.


Fatores que influenciam na deposição


1. Tamanho do imunocomplexo:
Muito pequenos: não depositam (não são fagocitados facilmente).
Grandes: fagocitados por macrófagos (são eficientemente fagocitados).


Situações em que são produzidos complexos grandes ou pequenos:
Proporção relativa de Antígeno/Anticorpo:
Excesso de Anticorpo (lesão localizada): Complexo grande , deposição rápida no local
Excesso de Antígeno: complexo pequeno e solúvel, que circula (se deposita nos filtros naturais: sinóvia glomérulos).
Coloca-se em tubos de ensaio, quantidade constante de Anticorpo e quantidades crescentes de Antígeno. Aquece-se a 37ºC. Após 24h colocam-se os valores em um gráfico (complexos grandes precipitam).
Quando a quantidade de Antígeno é alta, há diminuição da precipitação (inibição da precipitação).
Quando há pouco Antígeno, há “sobra”de Anticorpo.
Na região de excesso de Anticorpo, os complexos formados são grandes e na região de excesso de Antígeno, os complexos formados são pequenos (não há Anticorpo para fazer pontes entre si).


2. Clearance dos imunocomplexos:


Realizada pelos SFM e hemácias (há “limpeza”)
Complexos pequenos mais C3b
impede produção Fc-Fc para a formação de antígenoregados grandes.
imunoaderência o Neutrófilos, monócitos, macrófagos, Eosinófilos, células dendríticas.


Fagocitose deficiente
persistência dos complexos
deposição


As hemácias e as células do Sistema Mononuclear Fagocítico têm receptores para C3b.
Depende do SMF e do complemento.


3-Propriedades físico-químicas do Antígeno e Anticorpo:


carga do imunocomplexo valência da imunoglobulina, avidez da ligação.
Quando há excesso de cargas positivas o complexo tende a se depositar na membrana dos glomérulos, que tem carga negativa.


4-Fatores anat6omicos e hemodinâmicos:


glomérulos renais e rinoviais são os locais mais freqüentes.
alta pressão sanguínea e turbulência.


5-Mediadores.


Fagócito mais complexo Antígeno-Anticorpo → estímulo da produção local de citocínios e mediadores vasoativos .
Maior adesão leucocitária ao endotélio.
Maior permeabilidade capilar.
Maior deposição de imunocomlexos na parede dos vasos.




 
Introdução
A hipersensibilidade do tipo III tem como mediador uma imunoglobulina (geralmente IgG ) . O Antígeno é sempre solúvel (proteínas).
Quando não havia antibióticos e já se conheciam os Anticorpos , tratavam-se as infecções com soro. Vários indivíduos que usavam para mais de uma vez o soro apresentavam efeitos colaterais (febre , lesão renal , urticária e doença do soro ).
Os soros heterólogos (de espécie diferente) tinham sintomas eram mais graves que os homólogos . Os sintomas eram mais graves quando se usava novamente o soro.
As proteínas do cavalo eram antigênicas para nós . Os Anticorpo se complexam e se depositam causando lesão tecidual .
A grande diferença dessa herpes é a presença do Antígeno solúvel , que se complexa com Anticorpo e pode se depositar sobre surpefícies ( precipitação ).Assim pode haver ativação de complemento , havendo quimiotaxia para PMN e liberação de medidores com inflamação e lesão tecidual pela fagocitose frustrada . Há ativação de macrófagos com produção de I2-1 , TNF e outros, que aumentam a inflamação. Há agregação plaquetária com formação de microtrombos com necrose e isquemia.
Nem sempre o complexo Antígeno / Anticorpo se deposita sobre células .

Fatores que influenciam na deposição
1. Tamanho do imunocomplexo:
        •Muito pequenos : não depositam (não são fagocitados facilmente)
        •Grandes :fagocitados por macrófagos (são eficientemente fagocitados)
Situações em que são produzidos complexos grandes ou pequenos:
        •Proporção relativa de Antígeno/Anticorpo:
        •Excesso de Anticorpo (lesão localizada): Complexo grande , deposição rápida no local.
        •Excesso de Antígeno: complexo pequeno e solúvel, que circula (se deposita nos filtros naturais: sinóvia glomérulos).
Coloca-se em tubos de ensaio, quantidade constante de Anticorpo e quantidades crescentes de Antígeno . Aquece-se a 37ºC. Após 24h colocam-se os valores em um gráfico (complexos grandes precipitam).
Quando a quantidade de Antígeno é alta, há diminuição da precipitação (inibição da precipitação).
Quando há pouco Antígeno, há “sobra”de Anticorpo .
Na região de excesso de Anticorpo, os complexos formados são grandes e na região de excesso de Antígeno, os complexos formados são pequenos (não há Anticorpo para fazer pontes entre si).

2. Clearance dos imunocomplexos:


Realizada pelos SFM e hemácias (há “limpeza”)
Complexos pequenos mais C3b
impede produção Fc-Fc para a formação de antígenoregados grandes.
imunoaderência o Neutrófilos, monócitos, macrófagos, Eosinófilos, células dendríticas.
Fagocitose deficiente
persistência dos complexos
deposição



As hemácias e as células do Sistema Mononuclear Fagocítico têm receptores para C3b.
Depende do SMF e do complemento.


3 - Propriedades físico-químicas do Antígeno e Anticorpo:


carga do imunocomplexo valência da imunoglobulina, avidez da ligação.
Quando há excesso de cargas positivas o complexo tende a se depositar na membrana dos glomérulos , que tem carga negativa.


4 - Fatores anatomicos e hemodinâmicos:


glomérulos renais e rinoviais são os locais mais frequentes.
alta pressão sanguínea e turbulência.
5-Mediadores.
Fagócito mais complexo Antígeno-Anticorpo → estímulo da produção local de citocínios e mediadores vasoativos .
Maior adesão leucocitária ao endotélio.
Maior permeabilidade capilar.
Maior deposição de imunocomlexos na parede dos vasos.

Reação de Arthus
· O complexo é formado no excesso de Anticorpo.
· Complexo grande.
· Deposição local, principalmente em vênulas (essa só ocorre quando o indivíduo está exposto freqüentemente ao Antígeno de modo a produzir excesso de Anticorpo. Quando o Antígeno entra no corpo, forma-se complexos Antígeno-Anticorpo com muito Anticorpo. O indivíduo fica cada vez mais susceptível)
Lesão tecidual na Reação tecidual ocorre no local onde o Antígeno entrou pois os complexos são grandes (ZAC:1Ag ). O que favorece a forma de grandes complexos é que os Anticorpo chegam rapidamente ao local. Isso, por sua vez é favorecido por vasodilatação.

Ativação do complemento Complexo Antígeno- Anticorpo

* C3a, C5a Degradação de mastócitos e liberação de vasodilatadores (aumenta afluxo
* Quimiotaxia de neutrófilos de sangue).
* Exocitose de grânulos Lesão tecidual
* Agregação Plaquetária
* Isquemia
* A fagocitose eficiente diminui esse quadro. Entretanto complexos grandes são de difícil fagocitose. Linfócitos não estão envolvidos na HSIII. Esta depende apenas de Anticorpo.


Situações que ocorrem Reação de Arthus

Ags inalados
pneumonite ou alveolite alérgica extrinca (lesão no pulmão
porta de entrada do Antígeno )


Sintomas: tosse, dispnéia, febre (4-6h após), componentes anafiláticos, lesões residuais.


Doenças profissionais: Pessoa exposta constantemente ao Antígeno. Ex:


pulmão do ar condicionado: Antígeno de fumaça;
Bagaçose: fungos da cana;
Pulmão do peleiro:


Ags internos → infecções crônicas.
· W.bancrofti → inflamação → obstrução linfática → elefantíase.
· Morte de bactérias por drogas → liberação de Antígeno → Precipitação de complexo Antígeno/Anticorpo.
· Eritema nodoso (reação inflamatória no vaso) em pacientes com lepra → Droga dopsone.
· Reação de Jarish – Hersheimer: Tratamento da sífilis com penicilina.
· Lesões articulares e pulmonares na artrite reumatóide (imunoglobulina contra IgG self).
· Reações de pele nas vacinações anti-raiva.


Doenças por complexos circulantes


Causas:


· Excesso de Antígeno
· Complexos pequenos


Podemos ter 3 entidades patológicas distintas devido aos complexos circulantes:


a. Doença do soro
b. Glomérulonefrite
c. Deposição em outros locais


A. Doença do Soro (depósito em vasos sistêmicos)
Início dos sintomas: 8 dias após aplicações do soro (homólogo ou heterólogo) ou de drogas (com grande meia vida).
Para haver deposição dos complexos precisa-se, provavelmente, de alteração prévia da permeabilidade capilar por: serotonina de plaquetas, mediadores liberados de basófilos ( Através de anafilotoxina IgE).


Patogenia:


1. Deposição do complexo na membrana basal.
2. Separação das células endoteliais e exposição das membranas basais. Então ocorre ativação do complemento e liberação de anafilotoxinas como C3a, C5a (vasodilatadores).
3. Depois que o complexo estiver preso à parede, temos a chegada de neutrófilos , o que ocorre também na reação de Arthus. A diferença é o local onde ocorre (pequenos vasos) e que há menor quantidade de Antígeno.


Ocorre separação das células endoteliais (por mediadores) e exposição da membrana basal (de pele, articulações, rins, coração) na qual se deposita complexos. Então os sintomas ocorrem nessas regiões.


Quando a produção de Anticorpo aumenta, os complexos tornam-se maiores e são fagocitados eficientemente (sofrem clearance).Com isso diminui os sintomas pois não haverá mais lesões no vaso e o paciente se recupera da doença do soro e não da doença causada pelo antígeno.


Sintomas: febre (TNF,IL-1), linfadenopatia , Rash, Urticaria (bristamina), dores articulares, albuminuria, alterações cardíacas, glomerulonefrite, diminuição da concentração do complemento sistêmico.


Anticorpo/Antígeno >1


Quando o número de complexos [Antígeno- Anticorpo] é grande, ou apresentam permanência prolongada no sangue, os sistemas responsáveis pela remoção desses complexos (fagócitos mononucleares, eritrócitos e complemento) ficam saturados e os complexos passam a se depositar nos tecidos.


B. Glomérulonefrite (GN)


Trata-se de uma doença dinâmica, de longa duração que ocorre quando o Antígeno persiste (infecções crônicas e doenças auto-imunes) no organismo. Ex: Lupus eritematoso sistêmico (LES), tireodite, síndrome nefrótica da Nigéria, Doença de Chagas, Schistosomose, GN Difusa Aguda Pós Estreptocócica.


A deposição de complexos Antígeno-Anticorpo no glomérulo ocorre na seguinte ordem:


1. Complexos induzem liberação de mediadores vasoativos de basófilos e plaquetas que causam os seguintes itens.
2. Separação das células endoteliais.
3. Ligação de complexos maiores à membrana basal exposta. Complexos menores atravessam a membrana.
4. Indução da agregação plaquetária.
5. PMN atraídos fazem fagocitose frustrada causando lesão da membrana basal.


· Complexos menores depositam-se do lado epitelial dos glomérulos
· Os complexos progressivamente maiores são retidos dentro ou sob o lado endotelial, produzindo massas amorfas.


C. Outros locais de deposição

· Plexo corióide.
· Pele (membrana basal das junções epidérmicas).
· Artérias.
· Sangue ( causando o choque hemorrágico).



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4. Hipersensibilidade do tipo IV - são as hipersensibilidades tardias, mediadas diretamente por células, mais especificamente pelos linfócitos T. É a que ocorre na tuberculose e na maioria dos granulomas causados por microorganismos de baixa virulência. O linfócito T entra em contato com antígenos dos microorganismo, transformando-se em T1 e passando a secretar uma série de citocinas que atuam diretamente no tecido, destruindo-o. Acredita-se que os linfócitos T sejam recrutados pelos macrófagos para o local agredido.

 

Reação de hipersensibilidade de contato

Linfócitos T e Macrófagos Liberação de citocinas
  • IL-2
  • ativação de LT e M
  • IL-1
  • produzida por M
  • TNF-
  • produzida por M, atividade citotóxica
  • IFN-
  • ativação de M Hipersensibilidade tardia
  • experimentais: ác. pícrico, dinitroclorobenzeno (DNCB), DNFB
  • via percutânea: metais, borracha, resina, vegetais.
    Reação tuberculínica

  • PPD (proteína purificada) intradérmica
  • espessamento de pele (máx. em 48-72 h)
  • supressão: carências protéicas e calóricas, infecções virais, bacterianas e virais (teste experimental de dermatite de contato).
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