Apresentação
do antígeno
Na
ativação de uma resposta imune eficiente, é
importante a interação de diferentes populações
de linfócitos e outros tipos de células. Algumas vezes,
é necessário mais do que a presença do antígeno
para deflagrar a resposta, sendo o segundo sinal recebido pelas
células uma peça principal. A regulação
das respostas é feita de diversas formas, tendo em vista que
uma reação imune exacerbada também é
prejudicial, como se vê nas doenças
autoimunes
e hipersensibilidades.
Excelente aula para auxiliar seus estudos
Uma
célula apresentadora de antígeno ou
APC é uma
célula
que
apresenta antígenos
formando
um complexo com o MHC
em
sua superfície. É
capaz de ligar-se a uma portação peptídica de um
determinado antígeno e levar esta porção
peptidica para a superfície celular. As células
T podem
reconhecer este complexo utilizando seu receptor
de células T.
O
complexo peptídeo MHC de classe II é
transportado para a superfície celular onde é
reconhecido por células T CD4, que são especializadas
em ativar outras células do sistema imune, como os macrófagos,
que são ativados para atacar os patógenos
intravesiculares, e as células B, para secretarem
imunoglobulinas.
São as grandes delatoras do sistema imune. Como quem não quer nada, se aproximam dos antígenos, processam um relacionamento mais íntimo, permitindo-se conhecer seus segredos mais profundos, e entregam tudo para as células responsáveis por extermina-las. Assim, os antígenos já traídos e sem direito a defesa, são debelados com requintes de crueldade, deixando como legado na história a memória imunológica de sua existência destrutiva.
Dramático isso, não?
Essa animação retrata bem este processo.
O complexo principal de histocompatibilidade ou MHC (do inglês
major
histocompatibility complex) é uma grande região
genômica
ou
família
de genes encontrada
na maioria dos vertebrados.
É a região mais densa de genes do genoma
dos
mamíferos e possui importante papel no sistema
imune,
auto-imunidade
e
no sucesso reprodutivo.
As proteínas codificadas pelo MHC são expressas na
superfície das células
de
todos animais com mandíbula, e apresenta tanto antígenos
próprios
(fragmentos de peptídeos da própria célula) e
antígenos externos (fragmentos de microorganismos
invasores)
para um tipo de leucócito
chamado
célula
T que
tem a capacidade de matar ou co-ordenar a morte de patógenos,
células infectadas ou com função prejudicada.
Células Envolvidas Neste Processo de Apresentação
As
células envolvidas neste processo de apresentação
são células do sistema monocítico fagocitário
(SMF) antigamente conhecido por sistema retículo-endotelial).
Estas células são especialistas em fagocitose e
apresentação de antígeno ao exército do
sistema imune. São elas: macrófagos alveolares,
micróglia, células de Kuppfer, células
dendríticas, células de Langehans e macrófagos
em geral.
A micróglia é a menor célula da neuróglia,
que constitui o sistema
nervoso humano.
Elas possuem elevado poder fagocitário e atuam na defesa do
sistema nervoso.
As
células de Kupffer são células endoteliais
típicas e macrófagos que, no fígado, recebem o
nome de células de Kupffer. As células de Kupffer têm
função fagocitária e pertencem ao sistema
retículo endotelial.
Células
de Langerhans são originárias da medula óssea.
São células
dendríticas abundantes
na epiderme,
contendo grandes grânulos chamados grânulos
de Birbeck.
Elas estão normalmente presente em linfonodos,
podendo ser encontradas em outros órgãos na condição
de histiocitose.
Participam de reações imunológicas. São
células móveis e dendríticas responsáveis
pela imunovigilância cutânea. Têm a função
de captar, processar e apresentar os antígenos aos linfócitos
T.
Principais Mecanismos de Ativação de Linfócitos B, das diferentes subpopulações da Linfócitos T
Os
linfócitos B são responsáveis pela imunidade
humoral que se caracteriza pela produção e liberação
de anticorpos (Ac) capazes de neutralizar ou até mesmo
destruir os antígenos (Ag) contra os quais foram gerados. Para
a ativação dos LB, além do reconhecimento do
antígeno, é necessário um segundo sinal de
ativação.
Os linfócitos B virgens (células B que não foram expostas ao antígeno) expressam duas classes de anticorpos ligados a membrana, IgM e IgD, que funcionam como receptores para antígenos associação com as proteínas Iga e Igb, formando o complexo receptor da células B (BCR). Os domínios citoplasmáticos de Iga e Igb contêm motivos de ativação de imunorreceptores baseados em tirosina (ITAMs) que, após ligação do antígeno ao complexo BCR, são fosforilados e recrutam diversas moléculas sinalizadoras. A sinalização induzida por receptores nas células B ativa fatores que promovem a transcrição de genes cujos produtos estão envolvidos na proliferação e diferenciação das células B. O BCR é uma ligação entre a membrana celular e a imunoglobulina, e esta molécula permite a distinção das células B entre outros tipos de linfócitos, e também é a principal proteína envolvida na ativação da célula B. Uma vez que a célula B encontra seu antígeno e recebe um sinal adicional da célula T auxilar, ela pode se diferenciar em uma dos dois tipos de células B: Plasmócitos (também chamada de células plasmáticas), Células de memória B, Células B-1 e Células B-2.
Os linfócitos B virgens (células B que não foram expostas ao antígeno) expressam duas classes de anticorpos ligados a membrana, IgM e IgD, que funcionam como receptores para antígenos associação com as proteínas Iga e Igb, formando o complexo receptor da células B (BCR). Os domínios citoplasmáticos de Iga e Igb contêm motivos de ativação de imunorreceptores baseados em tirosina (ITAMs) que, após ligação do antígeno ao complexo BCR, são fosforilados e recrutam diversas moléculas sinalizadoras. A sinalização induzida por receptores nas células B ativa fatores que promovem a transcrição de genes cujos produtos estão envolvidos na proliferação e diferenciação das células B. O BCR é uma ligação entre a membrana celular e a imunoglobulina, e esta molécula permite a distinção das células B entre outros tipos de linfócitos, e também é a principal proteína envolvida na ativação da célula B. Uma vez que a célula B encontra seu antígeno e recebe um sinal adicional da célula T auxilar, ela pode se diferenciar em uma dos dois tipos de células B: Plasmócitos (também chamada de células plasmáticas), Células de memória B, Células B-1 e Células B-2.
Ação
dos linfócitos T citotóxicos (CTL) – Os linfócitos
T citotóxicos podem ser
ativados
diretamente pelas células APC, quando estas expressam muitos
sinais
estimulatórios
(B7.1 e B7.2). No entanto, na maioria das vezes, eles precisam de
cooperação das células CD4+ Th1 para serem
ativados. Uma vez ativados os linfócitos T citotóxicos
interagem com as células-alvo e liberam o conteúdo de
seus grânulos. Os grânulos dos linfócitos Tc
possuem perforina (citolisina) e granzimas. As moléculas de
perforina formam poros na membrana plasmática da célula-alvo,
porém estes não são suficientes para destruir as
células. Através de poros, as granizas entram na
célula-alvo e deflagram a apoptose.
Os
linfócitos T são células que tem diversas
funções no organismo, e todas são de extrema
importância para o sistema imune. O nome linfócito T
derivada das células serem dependentes do timo para o seu
desenvolvimento, sendo então o T de
Timo-dependentes.
Funcionalmente os linfócitos são separados em linfócito T-helper, linfócito T-citotóxico, linfócito T-supressor e linfócito T de memória. Cada um deles possui receptores característicos (além do TCR que é padrão para as células T), que são identificáveis por técnicas imunológicas e que tem funções específicas. Entretanto, todas as células T possuem os receptores TCR e o CD3.
O linfócito T-helper possui receptor CD4 na superfície, que tem a função de reconhecer macrófagos ativados. É o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para diversos leucócitos para realizar a guerra imunológica contra o agente agressor. O linfócito T-helper é a célula que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.A IL-1 estimula a expansão clonal de linfócito T-helper monoclonais que vão secretar diversas interleucinas, sendo portanto, dividido em LT helper 1 e LT helper 2. Esses subtipos de LT helper secretam interleucinas distintas, cada uma com uma função específica.
Algumas funções principais dos linfócitos T-helper:
- estimulação do crescimento e proliferação de linfócito T-citotóxicos e supressoras contra o antígeno;
- estimulação do crescimento e diferenciação dos Linfócitos B em plasmócitos para produzir anticorpos contra o antígeno;
- ativação dos macrófagos;
- auto estimulação (um linfócito T-helper pode estimular o crescimento da população de linfócito T- helpers.).
Linfócitos T supressores são linfócitos que tem a função de modular a resposta imune através da inibição da mesma. Ainda não se conhece muito a respeito desta célula, mas sabe-se que ele age através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles no organismo numa reação imune. Sabe-se que o linfócito T-helper ativa o linfócito T-supressor que vai controlar a atividade destes linfócito T- helpers, impedindo que eles exerçam sua atividades excessivamente. Os linfócitos T-supressores também participam da chamada tolerância imunológica, que é o mecanismo por qual o sistema imune usa para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo. Portanto se houver deficiência na produção ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um ataque auto-imune ao organismo.
O linfócito T-citotóxico apresenta receptores TCR. Especializado para o reconhecimento de antígenos associados ao complexo MHC-I na superfície de outras células. Produz perforinas e outras proteínas que matam células estranhas, células infectadas por vírus e algumas células cancerosas.
O linfócito T de memória apresenta receptores TCR, e é uma célula preparada para responder mais rapidamente e com maior intensidade, diante de nova exposição ao mesmo antígeno.
Funcionalmente os linfócitos são separados em linfócito T-helper, linfócito T-citotóxico, linfócito T-supressor e linfócito T de memória. Cada um deles possui receptores característicos (além do TCR que é padrão para as células T), que são identificáveis por técnicas imunológicas e que tem funções específicas. Entretanto, todas as células T possuem os receptores TCR e o CD3.
O linfócito T-helper possui receptor CD4 na superfície, que tem a função de reconhecer macrófagos ativados. É o principal alvo do vírus HIV. Esta célula é o mensageiro mais importante do sistema imune. Ele envia mensagens de ataque para diversos leucócitos para realizar a guerra imunológica contra o agente agressor. O linfócito T-helper é a célula que interage com os macrófagos, reconhecendo o epítopo que lhe é apresentado.A IL-1 estimula a expansão clonal de linfócito T-helper monoclonais que vão secretar diversas interleucinas, sendo portanto, dividido em LT helper 1 e LT helper 2. Esses subtipos de LT helper secretam interleucinas distintas, cada uma com uma função específica.
Algumas funções principais dos linfócitos T-helper:
- estimulação do crescimento e proliferação de linfócito T-citotóxicos e supressoras contra o antígeno;
- estimulação do crescimento e diferenciação dos Linfócitos B em plasmócitos para produzir anticorpos contra o antígeno;
- ativação dos macrófagos;
- auto estimulação (um linfócito T-helper pode estimular o crescimento da população de linfócito T- helpers.).
Linfócitos T supressores são linfócitos que tem a função de modular a resposta imune através da inibição da mesma. Ainda não se conhece muito a respeito desta célula, mas sabe-se que ele age através da inativação dos linfócitos T citotóxicos e helpers, limitando a ação deles no organismo numa reação imune. Sabe-se que o linfócito T-helper ativa o linfócito T-supressor que vai controlar a atividade destes linfócito T- helpers, impedindo que eles exerçam sua atividades excessivamente. Os linfócitos T-supressores também participam da chamada tolerância imunológica, que é o mecanismo por qual o sistema imune usa para impedir que os leucócitos ataquem as próprias células do organismo. Portanto se houver deficiência na produção ou ativação dos linfócitos T supressores, poderá haver um ataque auto-imune ao organismo.
O linfócito T-citotóxico apresenta receptores TCR. Especializado para o reconhecimento de antígenos associados ao complexo MHC-I na superfície de outras células. Produz perforinas e outras proteínas que matam células estranhas, células infectadas por vírus e algumas células cancerosas.
O linfócito T de memória apresenta receptores TCR, e é uma célula preparada para responder mais rapidamente e com maior intensidade, diante de nova exposição ao mesmo antígeno.
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