Tipagem Sanguínea
Tipagem
sanguínea é um
teste realizado por profissionais de saúde para estabelecer
qual tipo
sanguíneo e
fator
Rh (positivo
ou negativo) que um indivíduo possui.
É
um procedimento largamente utilizado nas transfusões
de sangue e
centros de hemoterapia.
Assista aos vídeos para facilitar o seu aprendizado
Os
grupos sanguíneos
O
fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o
conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois sistemas
de classificação de grupos sanguíneos na espécie
humana: os sistemas A,
B, O e
Rh.
Nos seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue
em relação aos sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB
e grupo O.
Cada
pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos. Nas hemácias
humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio
A e o aglutinogênio B. De acordo com a presença ou não
dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
- Grupo A – possui somente o aglutinogênio A;
- Grupo B – possui somente o aglutinogênio B;
- Grupo AB – possui somente o aglutinogênio A e B;
- Grupo O – não possui aglutinogênios.
No
plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas,
chamadas aglutininas: aglutinina anti-A e aglutinina anti-B.
Se
uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter
aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B,
não pode ter aglutinina anti-B. Caso
contrário, ocorrem reações que provocam a
aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que
pode entupir vasos sanguíneos e comprometer a circulação
do sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à
morte.
Na
tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio
e o tipo de aglutinina existentes em cada grupo sanguíneo:
Grupo
Sanguíneo
|
Aglutinogênio
|
Aglutinina
|
A
|
A
|
Anti-B
|
B
|
B
|
Anti-A
|
AB
|
A e B
|
Não
Possui
|
0
|
Não
Possui
|
Anti-A e
Anti-B
|
A
existência de uma substância denominada fator Rh no
sangue é outro critério de classificação
sanguínea. Diz-se, então, que quem possui essa
substância no sangue é Rh positivo; quem não a
possui é Rh negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido
identificado pela primeira vez no sangue de um macaco Rhesus.
A
transfusão
de sangue consiste
em transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora.
Geralmente é realizada quando alguém perde muito sangue
num acidente, numa cirurgia ou devido a certas doenças.
Nas
transfusões de sangue deve-se saber se há ou não
compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não
houver essa compatibilidade, ocorre aglutinação das
hemácias que começam a se dissolver (hemólise).
Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não
deve conter aglutinogênios A; se o sangue do receptor
apresentar aglutininas anti-B, o sangue doado não pode conter
aglutinogênios B.
Em
geral os indivíduos Rh
negativos (Rh-) não
possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh
positivo (Rh+),
passam a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção
dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira
transfusão de sangue de um doador Rh+ para um
receptor Rh-, geralmente não há grandes
problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver
considerável aglutinação das hemácias
doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas dessa vez, somadas as
produzidas anteriormente, podem ser suficientes para produzir grande
aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os
organismos.
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Incompatibilidade
sanguínea
Assista a aula sobre Eritroblastose Fetal
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Tudo
parece estar a correr bem com a sua gravidez. Após os
testes normais, surge a questão do médico: "Qual o
seu tipo de sangue e o do pai da criança?". A resposta pode
vir rápida ou com alguma hesitação e, à
primeira vista pode não parecer muito importante.
O
seu sangue pode ser A, B ou O, numa categoria, e Rh+ (o que
significa que tem no sangue uma substância chamada factor D)
ou Rh- (se não tiver o factor D).
Se
a mãe for Rh+ e o bebé for Rh-, não se coloca
qualquer problema, o mesmo acontecendo nos casos de ambos serem
Rh+ ou Rh-.
Uma
mãe com factor Rh- e que tenha uma gestação
com um homem com factor Rh+, tem probabilidades de gerar um feto
com o factor Rh+ (herdado do pai), o que irá criar a
chamada incompatibilidade sanguínea.
A
dificuldade é criada quando o sangue do bebé se
mistura com o sangue da mãe. As circulações
sanguíneas da mãe e do feto ocorrem em vasos
sanguíneos completamente independentes, mas esses vasos
estão muito próximos da placenta. Esta pode sofrer
pequenas rupturas, que fazem com que as células sanguíneas
do bebé penetrem na circulação da mãe.
O que acontece nestes casos é que o organismo da mãe
reconhece essas células como corpos estranhos e vai gerar
anticorpos (anti-D) que vão atacar os glóbulos
vermelhos do bebê.
As
consequências deste ataque podem levar ao falecimento do
bebê na gestação ou após o nascimento,
ou podem resultar num recém-nascido com grave icterícia,
com um acompanhamento de deficiência mental, paralisia
cerebral e surdez (Eritroblastose fetal).
Em
casos em que a criança nasce afectada, pode mesmo
realizar-se uma transfusão total de sangue Rh-, que não
será destruído pelos anticorpos da mãe,
transfusão pode ser efetuada com o feto ainda no útero.
Os
casos de incompatibilidade são menos graves para o primeiro
filho, mas os anticorpos gerados permanecem no organismo da mãe
e se esta voltar a ficar grávida de um bebé Rh+,
poderão facilmente atravessar a placenta e atacar os
glóbulos vermelhos. A gravidade da enfermidade depende
ainda do grau de sensibilização da mãe.
Hoje
em dia já é possível detectar esses
problemas, após determinados exames específicos para
o caso, e pode ser aplicada uma vacina, geralmente na 28a. semana
de gestação.
Outro
tratamento adicional para as mulheres nesta situação
passa pela utilização de uma substância
conhecida como gamaglobulina anti-Rh, administrada à mãe
no espaço de 72 horas após o parto.
Trata-se
de um concentrado que vai bloquear o processo de sensibilização
que produz os anticorpos contra o sangue do bebé,
revestindo todas as células Rh+ que penetram na sua
circulação e impedindo-as de dar origem à
produção de anticorpos.
Os
casos de incompatibilidade entre mãe e feto têm uma
incidência calculada em um para cada 150 a 200 nascimentos.
Foi em 1932 que Louis Diamond diagnosticou pela primeira vez a
incompatibilidade sanguínea, conhecida como factor Rh.
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Disponível em:
http://www.abcdobebe.com/planeando-um-bebe/incompatibilidade-sanguinea.html
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